A mulher e o filho do futebolista equatoriano Jackson Rodríguez, do clube Emelec de Guayaquil, no Ecuador, foram hoje raptados da casa do jogador, segundo os primeiros relatórios da polícia.
“Indivíduos não identificados entraram violentamente na casa do jogador nas primeiras horas da manhã de hoje e, para além de roubarem vários objetos e dinheiro, levaram a mulher e o filho do jogador”, informou a polícia.
A polícia informou ainda que Rodriguez saiu ileso do incidente e está sob proteção policial, enquanto as autoridades iniciaram investigações para descobrir o paradeiro da família do jogador.
O clube Emelec mantém total sigilo sobre a situação atual do seu lateral esquerdo.
O rapto ocorreu na cidade costeira de Guayaquil, capital da província de Guayas, uma das mais afetadas pela violência no país andino, que se encontra sob declaração de “conflito armado interno” desde janeiro de 2024.
Ao emitir a declaração, o Presidente do Equador, Daniel Noboa, reeleito nas últimas presidenciais em 14 de abril, apelidou de “terroristas” os grupos criminosos, responsáveis pelos elevados níveis de violência no país e ligados a atividades de tráfico de droga.
O país da América Latina está “em alerta máximo” desde 19 de abril, devido a um alegado plano para assassinar Noboa, acusado de cometer fraude eleitoral nas eleições.
O Equador registou a maior taxa de mortes violentas da América Latina no ano passado, de acordo com o grupo especializado Insight Crime. O início de 2025 foi o mais sangrento desde que há registos, com mais de 1.500 homicídios registados em janeiro e fevereiro.
Em janeiro, de 2024, Daniel Noboa declarou o estado de emergência durante os 90 dias permitidos por lei para fazer face ao que designou por “conflito armado interno” desencadeado pelos bandos.
Desde então, o estado de emergência tem sido reintroduzido ocasionalmente em algumas províncias.