Warholm bate recorde na Liga Diamante, Kipyegon fica perto e Duplantis desilude

O norueguês Karsten Warholm bateu hoje o recorde mundial dos 300 metros barreiras, objetivo do qual a meio-fundista Faith Kipyegon ficou mais próxima do que o varista Armand Duplantis no arranque da Liga Diamante de 2025.

Em Xiamen, na China, na última prova da etapa inaugural, Warholm aprimorou a melhor marca de sempre na distância, com 33,05 segundos, 21 centésimos abaixo do anterior registo, para superar o brasileiro Matheus Lima (33,98) e o japonês Ken Toyoda (34,22).

Karsten Warholm, de 29 anos, já detinha o recorde do mundo dos 300 metros barreiras desde junho de 2021, quando triunfou em Oslo, mas fez história pela primeira vez desde que, em março, a World Athletics comunicou a inclusão da distância em provas oficiais.

Antes da prestação do grande dominador da atualidade nos 400 barreiras, disciplina na qual contabiliza três títulos mundiais, outros tantos europeus e duas medalhas olímpicas, Faith Kipyegon esteve perto de conseguir uma nova marca planetária nos 1.000 metros.

A queniana, tricampeã olímpica dos 1.500, impôs-se em 2.29,21 minutos, 23 centésimos acima do recorde de 1996 da russa Svetlana Masterkova, enquanto a australiana Abbey Caldwell (2.32,94), sua principal perseguidora, a terminar mais de três segundos depois.

Menos brilho teve o êxito do sueco Armand Duplantis no salto com vara, que, desta vez, não passou dos seis metros, ao ficar-se pelos 5,92, após três tentativas falhadas a 6,01, com o grego Emmanouil Karalis e o neerlandês Menno Vloon a fecharem o pódio a 5,82.

Recém-vencedor do prémio Laureus para desportista masculino de 2024, ‘Mondo’ visa a quinta vitória consecutiva na Liga Diamante, numa altura em que detém as 11 melhores marcas planetárias da história do salto com vara, a última das quais fixada em fevereiro.

Outro dos destaques da jornada foi rubricado pela queniana Beatrice Chebet, a campeã olímpica dos 5.000 e 10.000 metros, que venceu na distância mais curta, com 14.27,12 minutos, numa batalha contra as seis etíopes que a acompanharam até a volta decisiva, entre as quais a recordista mundial Gudaf Tsegay, segunda colocada, a 1,06 segundos.

Em 13.ª chegou Mariana Machado, que cronometrou 14.53,91 minutos e retirou mais de 11 segundos à marca pessoal, tornando-se a líder europeia do ano e a terceira lusa da história, atrás de Fernanda Ribeiro (14.36,45), recordista, e Jéssica Augusto (14.37,07).

Além dos 5.000 e 1.000 femininos e dos 300 barreiras masculinos, houve novas marcas do ‘meeting’ nos 400, pelo botsuanês Bayapo Ndori, com 44,25 segundos, e nos 3.000 obstáculos, com o marroquino Soufiane El Bakkali, bicampeão olímpico, a ficar atrás do etíope Samuel Firewu, vencedor ao fim de 8.05,61 minutos, sendo que, nos 200, a norte-americana Anavia Battle gastou 22,41 segundos e bateu a jamaicana Shericka Jackson.

A neerlandesa Jessica Schilder também bateu a marca do ‘meeting’ no peso, com 20,47 metros, numa prova em que a portuguesa Jessica Inchude foi oitava, ao alcançar 18,07.

Já no concurso do triplo salto, do qual esteve ausente o olímpico português Pedro Pablo Pichardo, vencedor da disciplina na Liga Diamante em 2018, 2021 e 2024, o jamaicano Jordan Scott venceu com 17,27 metros, longe dos 15,87 de Tiago Pereira, nono e último.

Entre os homens, houve ainda êxitos do chinês Zhang Mingkun no salto em comprimento (8,18 metros), do sul-africano Akani Simbine nos 100 metros (9,99 segundos) e do norte-americano Cordell Tinch (13,06) nos 110 barreiras, distância na qual o seu compatriota Grant Holloway, tricampeão mundial e campeão olímpico em Paris2024, foi 10.º e último.

Nas mulheres, a ucraniana Yaroslava Mahuchikh venceu o salto em altura (1,97 metros), tal como fez a jamaicana Danielle Williams (12,53 segundos) nos 100 metros barreiras, a norte-americana Valarie Allman no lançamento do disco (68,95) e a grega Elina Tzengko no dardo (64,75), disciplina que não é pontuável para a final da Liga Diamante de 2025.

A 16.ª edição do evento integra 15 etapas e prossegue em 03 de maio, em Shaoxing, na China, com os campeões anuais das 32 disciplinas – 16 em cada género – a serem conhecidos entre 27 e 28 de agosto, em Zurique, na Suíça.

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