Análise Benfica 6-0 AVS: Luz em festa teve direito a festival de golos das águias

O Benfica cumpriu com o objetivo de vencer o AVS, na 31.ª jornada da I Liga, com um autêntico festival de golos num estádio que esteve em festa durante 90 minutos. A superioridade encarnada foi uma constante, ao contrário da passividade avense que cedeu à fúria das águias em tomar conta da bola. A partida teve um total desequilíbrio, entre um candidato ao título e uma equipa que sonha com a manutenção.

O Jogo: Domínio avassalador com chuva de golos

Os pupilos de Rui Ferreira apresentaram-se com uma estratégia ousada, com uma linha de três defesas, que acabou por não resistir à avalanche encarnada. O objetivo era voltar a tirar pontos às águias, mas a turma de Bruno Lage soube assumir o controlo com uma eficácia tremenda.

O Benfica não foi de modas e mostrou que o plano era ‘aniquilar’ o adversário e apostar num resultado avultado. Perante um adversário desequilibrado e permeável, os encarnados fizeram o que quiseram da partida e fizeram quatro golos antes do intervalo, um verdadeiro massacre que pretendia ‘sentenciar’ o marcador.

Durante o primeiro tempo, as águias aproveitaram as debilidades visitantes e exploraram o ataque de várias formas, de forma fluída e livre: através dos flancos, bolas nas costas da defesa ou combinações no miolo. No fundo, tudo parecia correr bem e o 1-0 aconteceu logo aos 8′.

O segundo tento surgiu aos 23′ pelos pés de Pavlidis, após assistência de Dahl. O sueco voltou a estar em destaque com um cruzamento para Amdouni, que trabalhou bem na área para o 3-0.

A resposta visitante não apareceu e o Benfica voltou a aproveitar, aos 40 minutos. Pavlidis foi generoso e deixou a bola no coração da área para Akturkoglu encostar para o 4-0.

No segundo tempo, o Benfica acalmou e colocou gelo na partida, preferindo conter mais a posse no meio-campo para que o AVS se chegasse à frente para pressionar.

As três alterações no Aves e a mudança tática para um 4-3-3, à procura de uma maior consistência defensiva, não foi milagrosa, mas permitiu mais do que na 1.ª parte.

O AVS pretendia ser mais ofensivo, procurar o ataque e chegaram a surgir uma ou outra oportunidade, com destaque para uma excelente intervenção de Trubin perante um remate de Zé Luís. Ainda assim, o Benfica mantinha total domínio e vontade em aumentar a vantagem. A diferença entre as equipas foi gritante, uma vez que cada bez que os encarnados procuravam aumentar a velocidade, a defesa dos forasteiros tremia e comprometia.

Bruno Lage quis descansar algumas peças, numa gestão do resultado, mas nem isso fez com que a equipa baixasse as armas. Belotti, recém-entrado, ficou frente a frente com Ochoa e não vacilou, para o 5-0.

O sexto, e último, golo do jogo surgiu aos 82′ com o capitão Otamendi a cabecear de forma fulgurante.

Momento-chave: 1.º golo

O primeiro golo, de Tomás Araújo, surgiu logo aos oito minutos foi o sinal de que a equipa encarnada precisava para não tirar o pé do acelerador. Num lance estudado, com Dahl a combinar com Kokçu na sequência de um canto e o turco a cruzar para o cabeceamento e António Silva ao segundo poste. Ochoa defendeu, mas Tomás Araújo não deu hipóteses na recarga.
A partir daí, o domínio foi absoluto para as águias, que apenas se preocuparam em marcar, marcar e marcar.

Melhor: Samuel Dahl

Samuel Dahl foi testado numa posição mais avançada no terreno, jogando na frente de Carreras. Inicialmente, o sueco pareceu estar a meio gás com três situações em que apareceu em fora de jogo. Contudo, rapidamente acertou com o posicionamento e foi um dos elementos de maior destaque ao longo dos 90 minutos.

No primeiro golo foi quem marcou o canto, no segundo assistiu Pavlidis para o golo e, no terceiro, assistiu Amdouni. Foi bastante interativo na ala com fortes investidas que provocaram desequilíbrios na defesa adversária.

Reações

“Jogámos bem”, diz Bruno Lage após a goleada do Benfica ao AVS. Aktürkoglu fala em “mentalidade vencedora”

Rui Ferreira reconhece mérito do Benfica e dificuldades do AVS. Gustavo Mendonça aponta o foco aos próximos jogos

Resumo

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