Uma das 17 vítimas do atropelamento em massa que ocorreu na passada quinta-feira, antes do jogo entre o Espanyol e o Barcelona, em Cornellà-El Prat, relatou o momento de terror vivido numa zona pedonal, onde vários adeptos festejavam. O incidente provocou um ferido grave e obrigou a uma operação de emergência.
“Estávamos a cantar e a festejar a poucos metros de uma carrinha da polícia quando, de repente, sem que tivesse qualquer possibilidade de reação, um carro branco atropelou-me e fiquei com o braço esquerdo preso entre a roda do carro e o passeio”, contou a mulher, não identificada, ao portal catalão Lagrada.
A vítima sofreu também um hematoma de grandes dimensões na perna direita, consequência de um “ferimento esmagador”, que obrigou a uma cirurgia urgente e à transferência para outro hospital devido a uma hemorragia interna. “A operação foi realizada pelo método de embolização”, explicou.
Num testemunho marcado pela emoção e resiliência, a adepta do Espanyol deixou um agradecimento sentido aos amigos, adeptos e profissionais de saúde que a socorreram. “Espero que os responsáveis paguem proporcionalmente em relação aos atos que cometeram na quinta-feira”, apelou.
A condutora do veículo envolvido no atropelamento foi colocada em liberdade condicional este sábado, enquanto prossegue a investigação sobre os contornos do incidente, que chocou a comunidade desportiva e levantou novas questões sobre a segurança em dias de jogo.