O Sporting conquistou o seu quinto título em 27 campeonatos disputados em 34 jornadas, por 18 clubes, repetindo em 2024/25 o que tinha conseguido em 1999/2000, 2001/02, 2020/21 e na temporada transata.
Depois da clara vitória em 2023/24, sob o comando de Ruben Amorim, os ‘leões’ cedo começaram a demonstrar uma grande superioridade e ‘ameaçaram’ resolver cedo a questão, mas tudo mudou com a saída do técnico para o Manchester United.
João Pereira recebeu a equipa destacada na frente, seis pontos à frente do FC Porto e oito à maior face ao Benfica (menos um jogo), depois de 11 vitórias em 11 jogos, mas só demorou quatro jornadas a tudo desbaratar.
Com apenas um triunfo em quatro jogos, o ex-técnico da equipa B ‘caiu’ e foi chamado Rui Borges, que ainda chegou com novas ideias, mas, com os maus resultados a sucederem-se, teve de as ‘guardar na gaveta’ e resgatar as de Amorim.
E foi assim, com o ‘3-4-3’ do agora técnico do United, que o técnico contratado ao Vitória de Guimarães chegou ao título, depois de um percurso sem derrotas (13 vitórias e seis empates) em que chegou a cair para segundo, mas logrou acabar em primeiro, dois pontos à frente do ‘vice’ Benfica.
Os 82 pontos, menos oito do que o recorde absoluto do clube estabelecido a época passada, com 90, voltou a ter muito do avançado sueco Viktor Gyökeres, que, depois dos 29 golos e nove assistências de 2023/24, somou agora 39 tentos, o melhor registo na prova desde 2001/02, e oito assistências.
Destaque também para as 14 assistências, mais nove golos, do extremo internacional luso Francisco Trincão, que já tinha sido determinante no cetro da época passada, especialmente pelo que fez na segunda volta.
O médio dinamarquês Hjulmand, o capitão de equipa, voltou também a ser peça chave no título ‘leonino’, tal como os irreverentes Geny Catamo e Geovany Quenda, o irrequieto Maxi Araújo ou os fiáveis Diomande, Gonçalo Inácio e Debast.
Pedro Gonçalves, Daniel Bragança, Nuno Santos e Morita, penalizados com lesões, Rui Silva, Eduardo Quaresma, Matheus Reis, St. Juste e Fresneda também foram, a espaços, importantes.
Com um plantel muito similar ao da época passada, os ‘leões’ arrebataram o segundo título consecutivo e o terceiro em cinco anos, depois da conquista de 2020/21, que foi a primeira época completa de Ruben Amorim em Alvalade.
Gonçalo Inácio, Eduardo Quaresma, Matheus Reis, Daniel Bragança, Pedro Gonçalves (melhor marcador da prova, com 23 golos) e Nuno Santos são os sobreviventes do conjunto de há quatro anos, que também tinha Adán, Porro, Coates, Nuno Mendes, Matheus Nunes, Palhinha ou João Mário.
Quando triunfou em 2020/21, o Sporting somou o terceiro cetro a 18, depois de ganhar dois em três anos, o primeiro em 1999/2000 e o segundo em 2001/02.
A conquista de 1999/200 ficou marcada, a meio, por uma decisiva ‘chicotada psicológica’.
O italiano Giuseppe Materazzi cedeu o lugar a Augusto Inácio e foi o ex-jogador dos ‘leões’ que conduziu a equipa ao cetro, junto ao ‘gigante’ Peter Schmeichel, Acosta, Pedro Barbosa, Beto, Rui Jorge, Vidigal, Duscher ou Ayew.
Além da troca de treinador, a época do Sporting ficou também marcada pelas contratações de janeiro, com André Cruz, César Prates e Mpenza a terem um papel determinante na vitória, conquistada com quatro pontos de avanço sobre o FC Porto.
Dois anos depois, e com um inédito título do Boavista pelo meio, o conjunto ‘leonino’ somou o seu segundo cetro a 18, desta vez num percurso pautado pelos golos do brasileiro Mário Jardel, que só fechou a contagem nos 42.
O jogador que já tinha brilhado intensamente no FC Porto, foi o ‘ás’ do ‘onze’ do treinador romeno Laszlo Bölöni, que sofreu três derrotas nas primeiras oito jornadas e, depois, não mais perdeu até final.
Além de Jardel, que arrebatou a ‘Bota de Ouro’, destaque para João Vieira Pinto, Beto, Paulo Bento, Rui Jorge, Phil Babb, André Cruz, Pedro Barbosa, Ricardo Quaresma, Hugo Viana, Rui Bento ou Marius Niculae.
O Sporting conta agora cinco campeonatos a 18, sendo o terceiro do ‘ranking’, atrás dos sete do Benfica e dos 14 do líder destacado FC Porto, e à frente do Boavista, que ganhou o seu único título em 2000/2001, liderado por Jaime Pacheco.
A I Liga portuguesa de futebol disputou-se pela primeira vez com 18 clubes e 34 jornadas em 1989/90, depois de 1991/92 a 2005/06 e, após nova interrupção, decorre nestes moldes desde 2014/15.
– Os campeões a 18 clubes:
Época Vencedor Treinador(es) J V E D GOLOS P (3P)
2024/25 Sporting Ruben Amorim/João Pereira/Rui Borges 34 25 7 2 88-27 82
2023/24 Sporting Ruben Amorim 34 29 3 2 96-29 90
2022/23 Benfica Roger Schmidt 34 28 3 3 82-20 87
2021/22 FC Porto Sérgio Conceição 34 29 4 1 86-22 91
2020/21 Sporting Ruben Amorim 34 26 7 1 65-20 85
2019/20 FC Porto Sérgio Conceição 34 26 4 4 74-22 82
2018/19 Benfica Rui Vitória/Bruno Lage 34 28 3 3 103-31 87
2017/18 FC Porto Sérgio Conceição 34 28 4 2 82-18 88
2016/17 Benfica Rui Vitória 34 25 7 2 72-18 82
2015/16 Benfica Rui Vitória 34 29 1 4 88-22 88
2014/15 Benfica Jorge Jesus 34 27 4 3 86-16 85
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2005/06 FC Porto Co Adriaanse 34 24 7 3 54-16 79
2004/05 Benfica Giovanni Trapattoni 34 19 8 7 51-31 65
2003/04 FC Porto José Mourinho 34 25 7 2 63-19 82
2002/03 FC Porto José Mourinho 34 27 5 2 73-26 86
2001/02 Sporting Laszlo Bölöni 34 22 9 3 74-25 75
2000/01 Boavista Jaime Pacheco 34 23 8 3 63-22 77
1990/00 Sporting Giuseppe Materazzi/Augusto Inácio 34 23 8 3 57-22 77
1998/99 FC Porto Fernando Santos 34 24 7 3 85-26 79
1997/98 FC Porto António Oliveira 34 24 5 5 75-38 77
1996/97 FC Porto António Oliveira 34 27 4 3 80-24 85
1995/96 FC Porto Bobby Robson 34 26 6 2 84-20 84
1994/95 FC Porto Bobby Robson 34 29 4 1 73-15 62 (91)
1993/94 Benfica Toni 34 23 8 3 73-25 54 (77)
1992/93 FC Porto Carlos Alberto Silva 34 24 6 4 59-17 54 (78)
1991/92 FC Porto Carlos Alberto Silva 34 24 8 2 58-11 56 (80)
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1989/90 FC Porto Artur Jorge 34 27 5 2 72-16 59 (86)
– ‘Ranking’:
1. FC Porto 14 títulos
2. Benfica 7
3. Sporting 5
4. Boavista 1