Pedro Gonçalves e a chamada à seleção, a forma de jogar, e a lesão: “Fiz um passe sem pensar. Disse logo que tinha feito asneira”

Pedro Gonçalves esteve esta terça-feira no programa ‘Futebol Total’ do Canal 11 e falou da época que terminou com a conquista do bicampeonato do Sporting.

O camisola 8 dos leões voltou a falar da lesão que o condicionou durante grande parte da época, assumindo as duas culpas no processo.

“Não há muito a explicar. O Sporting sempre me tentou defender, pois não foi nada com o clube. Foi culpa minha. Tive uma lesão no tendão do adutor. Senti o tendão a estalar, em Braga [no último jogo de Ruben Amorim]. Estive aqueles dois meses a recuperar, sabia que podia haver operação, mas tanto eu como o departamento médico dissemos que era melhor não fazer nada, prosseguir naturalmente para o corpo”, disse.

“No dia a seguir tinha treino, fiz o mesmo trabalho que estava a fazer, não me senti bem. Fiz uma ressonância, que mostrou que tinha piorado. A partir daí senti-me culpado, porque ia demorar mais três meses. Foi terrível, inesperado. Sabia que não podia tocar na bola, mas não calculei que aquele passe me prejudicasse tanto”, prosseguiu.

Pote falou também da chamada desta terça-feira à Seleção nacional para a fase final da Liga das Nações. “Acreditamos sempre que vamos ser chamados, mas sim, porque foi uma época complicada para mim. Mas sempre que tive oportunidade de trabalhar, dei o meu melhor. Quando voltei, tentei dar o meu melhor pelo Sporting. Estava a ver a convocatória num quarto de hotel com a minha mulher. Ela ficou muito entusiasmada, até lhe caíram lágrimas. Fiquei muito contente”, referiu.

“Sabia que a minha oportunidade ia chegar. Tento aproveitar todos os momentos, nos treinos e jogos, mostrando que posso estar num grupo que tem os melhores do Mundo”, acrescentou.

Sobre a conquista do título, Pedro Gonçalves afirmou: “Acabamos sempre por ter receio, porque o Benfica tem uma excelente equipa, com campeões do Mundo, que mete sempre aquela pressão. Ficámos sem treinador, sem o capitão que era muito importante, o Coates, o Paulinho, o Adán… Chegámos a meio e sentimos que nos estava a faltar alguma liderança. Mas a equipa uniu-se toda e correu bem. Toda a gente tentou liderar e o Morten apareceu. Surpreendeu-me muito, porque parece que tem o discurso certo”, disse.

A fechar, falou também sobre o futuro: “Gosto de estar aqui, tenho contrato mais dois anos e gostaria de ficar aqui mais dois anos.”

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