A possível transferência de Cardoso Varela do Dínamo de Zagreb para o Barcelona tem dado polémica devido ao envolvimento do FC Porto no caso.
O caso remonta ao passado verão, altura em que o jovem promessa português recusou continuar nos dragões para rumar à Crócia. Inicialmente assinou pelo NK Dinamo Odranski Obrez, usado como clube ponte, antes de assinar pelo Dínamo Zagreb.
A situação não agradou ao FC Porto que apresentou queixa à FIFA. Recentemente, o Barcelona surgiu com uma proposta pelo jogador e o emblema portista ameaçou cortar relações com os catalães se o negócio se concretizar.
Ora, André Villas-Boas enviou cartas aos catalães, na pessoa do seu líder, Joan Laporta, e à Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), tal como noticiou a ‘Kicker’. O conteúdo das cartas foi, este sábado, revelado.
“Tudo aponta para um caso de tráfico de pessoas e exploração abusiva de um jovem atleta de origem desfavorecida – para benefício exclusivo de terceiros com interesse lucrativo”, pode ler-se.
Os azuis e brancos desconfiam, há muito, que o destino final de Cardoso Varela seria o Barcelona, baseando-se na ligação do empresário Andy Bara aos blaugrana. Para sustentar esta desconfiança, o FC Porto recorre aos exemplos de Dani Olmo e Mika Faye, que também passaram pelo futebol croata até chegar ao Barcelona. André Villas-Boas recorda uma conversa com os responsáveis do emblema catalão.
“A resposta que recebemos foi positiva: asseguraram-nos de que o vosso clube também defende firmemente a integridade do desporto e a luta contra o assédio no futebol. Asseguraram-nos de que não aceitariam jogadores numa situação semelhante à de Cardoso Varela, especialmente quando intermediários duvidosos estão envolvidos. Confiámos nesta garantia, baseados na relação próxima, de décadas, entre os nossos clubes, que temos em elevada consideração.”
“Estou convencido de que o Barcelona está absolutamente comprometido com o combate a práticas dúbias no futebol e tomará todas as medidas necessárias para garantir que este caso não se junta aos tristes exemplos da erosão da integridade desportiva”, acrescentou o presidente do FC Porto na carta.