Apenas 22.137 pessoas marcaram presença no estádio Mercedes-Benz, em Atlanta, na noite de segunda-feira, para ver o Los Angeles 0-2 Chelsea, da 1.ª jornada do Grupo D do Mundial de Clubes. Números que fizeram soar os alarmes sobre a fraca adesão do público ao renovado Mundial de Clubes, da FIFA.
Com apenas 22.137 dos 71 mil lugares do Mercedes-Benz Stadium ocupados, a organização optou por fechar o anel superior. A hora do jogo – 15h00 locais – também pode explicar a falta de público nas bancadas. De recordar que este foi o primeiro encontro realizado em dia de semana.
E nem os preços dos bilhetes justificam as bancadas vazias. Antes do jogo começar, o bilhete mais barato para o LA Galaxy-Chelsea custava 43 euros. Durante a partida, ainda havia bilhetes à venda, já por 30 euros.
Em jeito de comparação, há dois anos o Chelsea jogou neste mesmo estádio diante do Newcastle num torneio amigável da Premier League (Summer Series) e estavam mais de 70 mil pessoas nas bancadas.
Ensaio para o Mundial de seleções de 2026
Este renovado Mundial de Clubes, que decorre apenas nos EUA, é visto como um ensaio para o Campeonato do Mundo de seleções, que será organizado pelos Estados Unidos da América, México e Canadá, em 2026.
A falta de interesse do público norte-americano está causar apreensão, relata a imprensa internacional. Neste momento, questiona-se se a fraca adesão do público tem a ver com a falta de interesse do público por este Mundial de Clubes ou se é algo que também irá acontecer daqui a um ano, no Campeonato do Mundo de seleções.
Os bilhetes não tem sido vendidos ao ritmo esperado pela FIFA, e o facto de muitos jogos começarem em horário laboral nos EUA pode explicar os lugares vazios. Durante esta semana e a próxima, até ao fim da fase de grupos, que termina na quinta-feira, 26 de junho, haverá dois ou três jogos por dia durante o horário laboral (12h, 14h e 15h locais).
Além da questão do horário deste LA Galaxy-Chelsea, a imprensa norte-americana critica a organização da FIFA pela fraca afluência de público, principalmente pela falta de uma verdadeira campanha de marketing a chamar as pessoas para o torneio.
A venda de bilhetes tem sido muito criticada por quem está a acompanhar a prova. Nos EUA chegaram a circular notícias de que uma universidade de Miami, parceira da FIFA, recebeu uma promoção onde os seus estudantes receberiam quatro bilhetes grátis, na compra de um, por 17 euros.
A FIFA adoptou um sistema de venda dinâmica de bilhetes, com os preços a serem ajustados de acordo com a procura. Muitos bilhetes tem sido vendidos a 29 euros.
Apesar das cadeiras vazias em muitos recintos, já houve jogos com bancadas bem compostas. A FIFA anunciou que o jogo de abertura entre o Inter Miami e o Al Ahly teve assistência de 60.927 espetadores. Já o primeiro grande embate da prova, entre o PSG e o Atlético Madrid contou com 80.619 espetadores nas bancadas do Rose Bowl, em Pasadena.
O Reino Unido foi o 11.º país com mais bilhetes vendidos. Os primeiros lugares são ocupados pelos EUA, Brasil, Argentina, México e Canadá.