O FC Porto dificultou as contas do Mundial de Clubes com a derrota frente ao Inter Miami, por 2-1, na 2.ª jornada do Grupo A. Os azuis e brancos desperdiçaram a vantagem de um golo e permitiram a reviravolta em sete minutos.
A segunda parte dos dragões deixou muito a desejar e as mudanças de Anselmi não trouxeram frescura ao jogo. No outro lado havia Lionel Messi, que continua a ser uma figura de genialidade com a bola nos pés. O argentino deu a vitória ao Inter Miami com um toque de classe para mostrar que continua a ser presente e não uma mera recordação.
Com este resultado, o FC Porto está dependente de outros para sonhar com a passagem à próxima fase, já que um empate entre o Inter Miami e o Palmeiras é suficiente para pôr um ponto final no objetivo azul e branco.
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A Figura: A genialidade de Messi e a simplicidade de Busquets
Lionel Messi já não tem tantos holofotes apontados para si desde que rumou aos EUA, mas sempre que regressa a grandes palcos demonstra que continua a ser o mesmo de sempre.
O argentino mantém a classe que sempre lhe foi característica e é, sem qualquer dúvida, o motor e a bússola da equipa norte-americana. Os passos picados e a visão de jogo são capazes de desmontar uma defesa e tudo isso surgiu ao longo da partida, tendo sido considerado o melhor em campo.
Se Messi é a bússola, Busquets é âncora. Recuperações e estabilidade são uma constante com o veterano e, tal como se costuma dizer: “Olha-se para o jogo todo e não se vê Busquets, olha-se para Busquets e vê-se o jogo todo”. O poder da tomada de decisão sempre certa e os pequenos toques de simplicidade continuam a distingui-lo.
Outros destaques: Cláudio Ramos novamente em bom plano, ao contrário de Anselmi ao leme de uma equipa sem ideias
Começando pelo lado positivo, Cláudio Ramos voltou a aproveitar a titularidade para brilhar e foi uma das principais figuras dos dragões, principalmente no 1.º tempo. O guarda-redes travou, pelo menos, três golos do Inter Miami.
Em contrapartida, a equipa do FC Porto não aproveitou a vantagem de um golo, graças ao penálti de Samu, e foi-se completamente abaixo com a reviravolta de Miami em sete minutos. Os portistas pareciam não ter soluções e foram muitas as dificuldades criativas para um plantel que ficou sem a luz de algumas figuras que estiveram bem na primeira parte (Fábio Vieira, João Mário, Francisco Moura, Gabri Veiga e Martim Fernandes).
Para além disso, o FC Porto pautou pela confusão de ideias e se ter Fábio Vieira ao comando do jogo parecia ser benéfico para os dragões, isso rapidamente chegou ao fim e tudo pareceu confuso. Ao intervalo, tudo se alterou e ficou ainda pior com as mexidas de Anselmi no segundo tempo. A entrada de Gonçalo Borges não trouxe nada de novo e a formação azul e branca continuou com a mesma bagunça dentro de campo.
O momento: Entrada forte e golo a abrir 2.ª parte
A entrada do Inter Miami na segunda parte foi fulminante e retirar ao FC Porto qualquer hipótese de reação. O aumento de intensidade em campo resultou no golo do empate aos 47 minutos, por intermédio de Segóvia. O ex-casal Pia fez um belo golo, indefensável para Cláudio Ramos.
Reações
Martín Anselmi após a derrota com o Inter Miami: “Não fomos o que tínhamos de ser”