O ambiente azedou no São Caetano e a polémica rebentou nas redes sociais. O clube da Série D brasileira decidiu despedir o defesa Ricardo Batista depois de este ter alinhado num jogo amador, conhecido no Brasil como várzea. O jogador garante que avisou a direção e diz que só participou porque os salários estavam em atraso — e tinha contas para pagar.
Tudo começou com uma publicação oficial do clube, entretanto apagada, onde a administração do São Caetano foi dura nas palavras e acusou o atleta de deslealdade:
“Traiu-nos jogando uma partida na várzea! Por dinheiro. Traindo o clube e os seus colegas. Amanhã temos um jogo decisivo pela Copa Paulista. Ele não vestirá mais a camisola do nosso amado Azulão.”
Além da acusação pública, o clube frisou que “os salários sempre foram pagos em dia” desde que a nova gestão assumiu.
Ricardo Batista não se calou e respondeu nas redes sociais, explicando o que o levou a tomar essa decisão: “Expliquei o motivo. Já tinha assumido esse compromisso quando o salário estava atrasado. Foi para pagar a renda onde a minha filha mora. Já tinha recebido o dinheiro, dei a minha palavra. Não menti em momento algum.”
O jogador reconhece que violou regras do clube e que estava ciente de que poderia ser dispensado, mas mostra-se revoltado com a forma como foi exposto publicamente.
“Sei que errei, mas aquela publicação foi algo de outro mundo, ainda por cima mentindo ao dizer que o salário sempre foi pago em dia. Não foi o mesmo peso e medida. A história precisa de ser contada com verdade. Não critico a decisão de me despedirem, mas a forma como o fizeram foi infeliz”, disse.