A relação entre Ter Stegen e o FC Barcelona continua a deteriorar-se a olhos vistos. O guarda-redes alemão protagonizou mais um episódio de tensão ao recusar assinar o termo de consentimento que permitiria ao clube enviar a sua ficha médica à LaLiga — um passo necessário para que os catalães conseguissem inscrever um substituto, no caso o jovem espanhol Joan García, do Espanyol.
Segundo revela o Mundo Deportivo, ao recusar esse consentimento, Ter Stegen impediu o clube de utilizar 80% do seu salário — como prevê o regulamento da LaLiga — para inscrever um novo guarda-redes, numa altura em que se encontra lesionado e sem previsão de regresso após uma cirurgia às costas. A decisão apanhou o clube de surpresa e provocou grande indignação interna, agravando o mal-estar já existente.
A tensão entre as partes não é nova, mas ganha agora contornos mais graves. O internacional alemão, de 33 anos, já perdeu a braçadeira de capitão e a sua postura tem sido vista como uma forma deliberada de prejudicar o clube. Fontes próximas da direção blaugrana, citadas pelo AS, consideram esta atitude “sem precedentes na história da LaLiga”.
O clube mantém agendada uma reunião com Ter Stegen para os próximos dias, mas prepara também uma resposta firme. O caso foi encaminhado para o departamento jurídico com vista à instauração de um processo disciplinar interno.
Com os bastidores a ferver, o Barcelona vê-se agora numa situação delicada: sem o seu guarda-redes titular, sem alternativa imediata inscrita e com um conflito aberto no balneário. A guerra entre Ter Stegen e o clube está longe de terminar.