Fechou, às 00h00 de terça-feira, o mercado de transferências de verão em Portugal. Foi um dia muito movimentado, com várias transferências sonantes. Benfica e FC Porto conseguiram os seus objetivos, o mesmo não se pode dizer do Sporting, apesar de os bicampeões nacionais terem reforçado o ataque.
Neste verão, Portugal bateu o seu recorde de investimentos em jogadores, ao gastar 352 ME, muito acima dos 274 ME gastos em 2024/25.
Sporting
O Sporting conseguiu finalmente a contratação de Fotis Ioannidis, tendo pago 22 milhões de euros ao Panathinaikos. O avançado grego vem ocupar a vaga de Conrad Harder, vendido no último dia do mercado aos alemães do Leipzig por 24 ME.
Nas saídas, destaque para Ricardo Esgaio, que deixou o clube em definitivo e rumou à Turquia.
No entanto a SAD liderada por Frederico Varandas falhou a contratação de um extremo. Jota Silva era um dos alvos, mas os Leões não conseguiram enviar os documentos a tempo para a inscrição do português na Liga.
Ao todo, o Sporting gastou 68,8 milhões de euros em reforços (ficou perto do recorde de 75,4 ME de 2023/24) e recebeu 128,57 milhões de euros em vendas, com destaque para Gyokeres, vendido ao Arsenal por 65,8 ME. O recorde de vendas foi em 2022/23 (138,1 ME). Os Leões foram os únicos dos ‘três grandes’ com saldo positivo.
Benfica
No último dia do mercado o Benfica contratou o belga Dodi Lukebakio ao Sevilha. O extremo de 27 anos vem reforçar as alas dos vice-campeões nacionais, após a venda, na 2.ª feira, de Kerem Akturkoglu ao Fenerbahçe da Turquia, por 22,5 ME.
O clube também emprestou Florentino Luís ao Burnley na segunda-feira, com o emblema da Premier League a pagar 2 milhões de euros pelo empréstimo e com possibilidade de ficar com o jogador por 24 ME, num negócio que pode chegar aos 26 ME.
Estas movimentações foram as mais relevantes dos Encarnados antes do fecho do mercado, numa janela em que gastaram 105,5 ME de euros e receberam 97 ME em vendas, ou seja, saldo negativo. Alvaro Carreras, vendido ao Real Madrid por 50 ME, foi a venda mais cara. Richard Rios, ex-Palmeiras, foi a compra mais cara (27 ME).
FC Porto
O FC Porto teve uma janela de mercado muito movimentado e no último dia conseguiu finalmente Jakub Kiwior. O defesa central foi emprestado pelo Arsenal, com taxa de empréstimo de 2 milhões de euros e opção de compra de 17 ME.
No último dia, os azuis e brancos cederam o central Fábio Cardoso ao Sevilha, sem custos, ficando os Dragões com 25 por cento de uma futura venda. Zé Pedro, outro central, foi vendido ao Cagliari por 2 milhões de euros. O médio Vasco Sousa renovou antes de ser emprestado ao Moreirense.
A SAD liderada por André Villas-Boas segurou o guarda-redes Diogo Costa e, para já, o médio ofensivo Rodrigo Mora, embora o jovem de 18 anos ainda possa sair para a Arábia Saudita.
O FC Porto gastou 94 ME em contratações, destaque para os 20 ME investidos em Froholdt, 15 ME em Gabri Veiga e também em Alberto Costa. As vendas ficaram-se pelos 78 ME, o que dá um saldo negativo de 17 ME.
Uma palavra para o SC Braga, que bateu o seu recorde de investimentos numa época, ao gastar 28,5 ME em reforços, batendo os 22,7 ME da época passada. Os minhotos investiram 12 milhões em Pau Víctor, ex-avançado do Barcelona, a maior compra de sempre do clube. O saldo é negativo, por 18 ME.
A SAD liderada por António Salvador arrecadou 9,9 ME em vendas, com Raul Fernandez a ser a maior transferência (vendido por 6,2 ME ao Espanhol de Barcelona). Na época anterior o Braga tinha arrecadado 61,2 em vendas.