A equipa Israel-Premier Tech solicitou aos organizadores dos Grandes Prémios do Quebeque e de Montreal, próximas provas do Pro Tour da UCI, União Ciclista internacional, que a sua designação apareça registada apenas com as iniciais ‘IPT’, removendo assim a referência direta a Israel no seu nome oficial.
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A decisão, confirmada por Joseph Limare, responsável por ambos os eventos no Canadá, surge por entre os muitos protestos durante a Vuelta 2025 face à participação da formação israelita na prova, face aos ataques do governo de Israel na Faixa de Gaza.
A equipa, liderada por Sylvan Adams, com dupla nacionalidade canadiana e israelita, usará ainda o equipamento apenas com um monograma utilizado na segunda metade da Vuelta: uma camisola minimalista, sem a palavra Israel visível, e apresentando apenas a Estrela de David e o “P” de Premier Tech.
“A equipa pediu-nos para remover da sua designação qualquer referência a Israel nos nossos eventos e informou que vai competir com uma camisola diferente”, exlica Limare em declarações divulgadas pelo portal ‘Velo’.
A pressão em torno da equipa nas últimas semanas acaba, assim, por ter consequências. Durante a Vuelta ocorreram diversos incidentes e protestos em praticamente todas as etapas, algo que até então só ocorrera esporadicamente na Volta a França. A emissora pública canadiana CBC tinha já noticiado que grupos de defesa dos direitos humanos ameaçaram tomar medidas legais contra os organizadores se a equipa não fosse retirada do evento de Montreal.
Apesar disso, a IPT vai arrancar então em ambas as corridas, mas com essa nova designação. A equipa conta com dois ciclistas canadianos – Guillaume Boivin e Hugo Houle. Os olhos vão estar postos nos GPs do Quebeque e de Montreal e na situação da Israel-Premier Tech.