O Sporting venceu o Moreirense por 3-1 no jogo da 30.ª jornada da Primeira Liga, com Viktor Gyokeres a abençoar os leões com três golos e uma exibição de categoria. O conjunto verde e branco manteve-se no domínio da partida com uma estratégia muito agressiva no ataque e na reação à perda de bola, não deixando que o Moreirense respirasse.
O plano correu às mil maravilhas com os leões a saírem vitoriosos em Alvalade, permitindo que os adeptos pedissem o ‘Sporting campeão’. Com este resultado, os pupilos de Rui Borges pressionam o Benfica a vencer em Guimarães, enquanto o Moreirense permanece no décimo lugar do campeonato.
O jogo: Vitória com mérito e com sotaque sueco
O Estádio de Alvalade esgotou para assistir à partida entre o Sporting e o Moreirense, que começou com uma homenagem a Aurélio Pereira. O ambiente estava quente nas bancadas, em contraste com a noite fria, e os leões começaram a corresponder ao entusiasmo dos adeptos.
A equipa leonina começou a todo o gás e rapidamente quis impor o seu jogo, dominando a posse de bola e investindo em múltiplos ataques. O Sporting esteve especialmente perigoso no corredor esquerdo e, nos primeiros minutos, foram várias as oportunidades criadas e desperdiçadas. Primeiro foi Francisco Trincão a chegar atrasado e depois foi Geny Catamo a vacilar em duas ocasiões.
Contudo, quando chegou a vez de Viktor Gyokeres, o sueco não facilitou. Aos 12 minutos, estava no momento certo e encostou para golo sequência de uma tentativa falhada de remate de Catamo.
O golo confirmou o domínio leonino perante um adversário adormecido, errático e nada interventivo durante os primeiros 45 minutos. O Moreirense teve grandes dificuldades em conseguir conter os ataques do Sporting, apresentando debilidades defensivas com vários espaços oferecidos e erros em zonas proibidas.
Rui Silva manteve-se mero espectador, ao contrário de Gyokeres que não deu descanso a Kewin Silva. O avançado voltou a marcar, depois de um contra-ataque, e assinalou o 2-0 aos 25′.
Os cónegos procuraram reagir, mas nada era suficiente para a gestão que os leões fizeram até ao intervalo. Os restantes 45 minutos adivinhavam-se tranquilos com o controlo leonino, mas o Moreirense não quis deitar a toalha ao chão e conseguiu mudanças no ritmo de jogo, graças a uma alteração na sua estratégia tática.
Cristiano Bacci viu-se obrigado a mexer nas peças e tirou Sidnei e Ofori para as entradas de Ivo Rodrigues e Ruben Ismael. Para além disso, Teguia e Fripong passaram estar mais abertos nas alas e Dinis Pinto recuou para formar uma linha de três centrais. Contudo, em momentos defensivos, o Moreirense alinhava num 5-3-2. Os visitantes estavam mais confortáveis e passaram a ter mais iniciativa, com velocidade nos corredores e linhas mais subidas. No entanto, os cónegos também se expunham mais ao jogo e a estratégia podia não ser bem sucedida.
O primeiro remate visitante surgiu, mas foi Gyokeres a voltar a agitar os ânimos ao conseguir um hat-trick. O sueco carimbou a exibição de gala com um livre direto marcado na perfeição, num tiro verdadeiramente indefensável.
Ainda assim, os cónegos não tiveram receio mantiveram-se de frente para o jogo e ganharam esperança com o golo de Cedric Teguía, depois de um cruzamento de Fripong. Os pupilos de Bacci reagiram bem ao 3-0 e reduziram, com bons indicadores relativamente ao restante tempo de jogo.
O crescimento do Moreirense verificou-se, mas o Sporting teve mais excelência na gestão da partida. Os leões mostraram-se seguros e conscientes de que era preciso segurar o resultado, para que a liderança da I Liga estivesse assegurada.
E assim foi, o Sporting somou mais três pontos e está no topo da tabela com 72 pontos, pressionando o Benfica a vencer em Guimarães.
Momento-chave
O terceiro golo de Gyokeres pode ser considerado o momento da partida, não só por ter sido um extraordinário golo, mas também por ter coroado uma exibição de luxo. Para além disso, o tento surge num momento em que o Moreirense estava em ascensão na partida e mostrava sinais de alguma melhoria.
Melhor
Viktor Gyokeres voltou a ser preponderante e a mostrar que tudo parece demasiado simples para o sueco. Foi o autor dos três golos leoninos, correspondendo da melhor forma a um coletivo que também funcionou na perfeição. Num jogo em que se verificaram alguns desperdicios no último passe na equipa leonina, o sueco revelou-se, como é habito, matador e cumpriu com o que lhe competia.
Pior
As debilidades defensivas do Moreirense foram fatais na primeira parte, ainda que o Sporting também tenha desperdiçado por algumas vezes. O eixo defensivo cedeu alguns espaços e a equipa chegou a perder a bola em zonas praticamente proibidas. Os cónegos não conseguiam ter bola e quase não pisaram o meio-campo leonino no primeiro tempo.
Reações
Resumo