Os advogados de Lucas Paquetá estão a “considerar todas as opções” e não colocam de parte avançar com um processo contra a Federação Inglesa de Futebol (FA). A notícia é avançada pela BBC Sport.
O internacional brasileiro foi, em maio de 2024, acusado pela FA de ver cartões de forma deliberada com o “propósito impróprio de afetar o mercado de apostas”.
Paquetá acabou por ser absolvido de quatro acusações de alegada manipulação de resultados por uma comissão independente em julho de 2025.
As conclusões da comissão foram publicadas na passada quarta-feira, questionando a decisão da FA de não recorrer a especialistas independentes na área do cruzamento de dados de apostas.
A equipa jurídica de Paquetá está agora a analisar o caso e a considerar todas as opções, incluindo processar a FA.
A investigação da FA sobre Paquetá começou em agosto de 2023 – nove meses antes de o brasileiro ser finalmente acusado.
O anúncio da investigação levou ao fracasso da transferência do jogador para o Manchester City, por 80 milhões de libras.
A FA alegou que 542 apostas, totalizando 46.758,83 libras, foram feitas por 253 apostadores diferentes, com um retorno coletivo de 213.703,81 libras, refletindo um lucro líquido de 166.944,98 libras.
No entanto, a comissão observou que o caso da FA se baseava “inteiramente em provas circunstanciais” e que a decisão de apresentar provas sobre os dados de apostas de um dos seus próprios funcionários, o investigador de integridade de apostas Tom Astley, foi “uma falha óbvia”.
“Na opinião da comissão, considerando o que a FA aceitou ser o elemento mais importante do seu caso, simplesmente não solicitou provas a peritos independentes”, afirmou a comissão nas suas conclusões.
“Em vez disso, baseia-se nas provas do seu próprio investigador de integridade e pede à comissão que aceite que ele demonstrou a imparcialidade que seria esperada de um perito independente”.
A FA afirmou que 27 dos 253 apostadores poderiam estar ligados ao jogador, mas Paquetá afirmou ter apenas uma relação real com cinco deles.
Afirmou que não falava com os cinco regularmente e, quando o fazia, raramente era sobre futebol.
A comissão concluiu que a análise dos dados de apostas não era “ilustrativa de manipulação de resultados” e acrescentou que era “em muitos aspetos inconsistente com uma manipulação de resultados, mas consistente com explicações alternativas”.
Nick de Marco, membro da equipa jurídica de Paquetá, afirmou: “Estou muito satisfeito por o meu cliente, Lucas, ter sido ilibado de todas as graves acusações de manipulação de resultados de que era alvo, face à gravidade do caso naquele que foi o maior caso da história da FA”.