O Benfica segue em direção ao Jamor, depois de ter eliminado o Tirsense nas meias-finais da Taça de Portugal. A equipa da Luz triunfou por 4-0 na segunda mão (9-0 no agregado), numa partida que começou a meio gás para os encarnados e terminou da mesma forma, mas para os jesuítas.
A partida não foi particularmente feliz para as águias do ponto de vista exibicional, mas o objetivo foi cumprido sob gestão de um plantel e promoção de várias estreias na Luz. Ainda assim, o resultado foi avultado e conquistado maioritariamente na segunda parte, beneficiando do desgaste físico do conjunto de Santo Tirso.
O Jogo: Serviços mínimos cumpridos sem espetacularidade
Foram nove as alterações de Bruno Lage face ao último onze encarnado, mantendo apenas António Silva e Florentino Luís entre as opções. A gestão da equipa já era previsível, tendo em conta os jogos determinantes para a I Liga que se aproximam.
A equipa visitante entrou em campo com uma imagem muito segura a nível tático. Os pupilos de Emanuel Simões alinharam num 4-3-3 com o trinco, Júnior Franco, a juntar-se aos centrais em momentos defensivos. Se os extremos baixassem no terreno, a muralha era composta por sete elementos. A formação de Santo Tirso apresentou-se de forma digna e muito organizada, com um bloco baixo e pouca pressão ao portador da bola, na tentativa de não serem surpreendidos com uma chuva de golos.
Contudo, o Benfica foi, sem surpresas, superior tecnicamente perante um adversário com menos recursos. Ainda assim, o Tirsense conseguiu resistir até aos instantes finais da primeira parte. Depois de algumas tentativas de Barreiro (17′) e Arthur Cabral (30′), foi o central António Silva que se armou em goleador e encostou para o 1-0 na sequência de uma bola parada. Só dessa forma é que os encarnados desfizeram o nulo.
No outro lado, o Tirsense não teve oportunidades flagrantes, tendo ameaçado por intermédio de Fontini e Bernardo Mesquita, mas sem sucesso.
No segundo tempo, a história foi outra com o Benfica a entrar com outra atitude e a sufocar o Tirsense, na procura por satisfazer os adeptos, que se mostravam insatisfeitos com a pouca ou nenhuma emoção da primeira parte.
Os últimos 45 minutos foram bem mais entusiasmantes, até porque Bruno Lage promoveu um festival de juventude e estreias na Luz. Já com o jogo gerido, o técnico lançou João Veloso em estreia absoluta e Prestianni para somar mais alguns minutos.
Aos 74 minutos, já com o Tirsense em debilidade física, o Benfica chegou ao 2-0 com Bajrami a marcar pela primeira vez pelos encarnados. Minutos depois, Belotti correspondeu a um passe de Tiago Gouveia para fazer o 3-0, com destaque para o passe inicial de Samuel Soares.
O tempo aproximava-se do fim, mas ainda houve tempo para mais estreantes e golos. André Gomes e Hugo Félix foram a jogo e Leandro Barreiro fechou a contagem com o 4-0, novamente de bola parada.
Momento-chave
O golo de António Silva nos instantes finais da primeira parte foi importante para a equipa encarnada, que se habilitava a ir para o tempo de descanso com um nulo pouco entusiasmante. O tento deu algum alento e atitude às águias, que se mostraram mais eficazes, ameaçadores e merecedoras de um resultado avultado no segundo tempo. A equipa foi mais veloz e, com a ajuda do desgaste físico do Tirsense, conseguiu ser também mais convincente ao nível do resultado.
Melhor
Seguramente, existem alguns jogadores do Benfica merecedores de um destaque como Tiago Gouveia ou Barreiro ou até Bernardo Mesquita no lado dos forasteiro. Contudo, o guarda-redes do Tirsense fez uma exibição de alto nível. Tiago Gonçalves foi o ‘salvador’ dos visitantes durante o primeiro tempo, tendo dado o corpo às balas e evitado uma goleada. Naquele que foi o último jogo da temporada para o Tirsense, o guardião fechou com chave de ouro. Foram várias as intervenções de destaque, aos 31′, 42′ ou 73′, mas também no momento do 4-0. Tiago Gonçalves defendeu, num primeiro momento, um cabeceamento de António Silva, mas já não foi a tempo de travar a recarga. Ainda assim, o 4-0 é um resultado demasiado pesado para a sua prestação.
Reações
Resumo