O Benfica conquistou a Supertaça de Portugal pela 10.ª vez, ao vencer esta noite o Sporting por 1-0 no Estádio do Algarve.
Um golo do grego Pavlidis ajudou os encarnados a começar a época com um troféu, o 10.º da sua história nesta prova. É a vingança das Águias, após a derrota na finald a Taça de Portugal na época passada e o título da I Lga perdido para o Sporting.
Antes do apito inicial, foi prestada uma homenagem a Diogo Jota e André Silva, com a presença de familiares dos dois jogadores que morreram em junho, num acidente de viação em Espanha
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Lage com quatro médios
Quatro médios-centro, um avançado e um extremo. Bruno Lage deixou a criatividade no congelador na tropical noite algarvia e o Benfica pagou por isso. Os primeiros 45 minutos são um deserto de ideias no que a criatividade diz respeito.
Os quatro médios com perfil idêntico – estreias oficiais de Enzo Barrenechea e Richard Rios, ao lado de Leandro Barreiro e com Aursnes na direita – equilibravam a equipa sem bola, mas quando era preciso atacar, faltava alguém diferente.
O Sporting entrou melhor e teve um golo anulado a Pedro Gonçalves aos cinco minutos, numa bola onde Harder, o assistente, está ligeiramente adiantado, na direita, num espaço onde não estavam nem Dedic nem Aursnes. Que buraco!
No lado do bicampeão nacional era Geny Catamo quem tentava algo na direita, sempre a procura do remate. Fresneda também aparecia por aí, sem medo, com uma propensão ofensiva que ainda não tinha mostrado nos Leões.
Na esquerda, Trincão ia para zonas interiores, dando a ala a Maxi Araújo. Pote, meio apagado entre os médios do Benfica, pouco acrescentava e Harder estava a ser ‘engolido’ por António Silva, quando não era trapalhão com a bola.
E assim, do nada, passaram 45 minutos de pouco futebol. Trubin e Rui Silva sem nenhuma intervenção de relevo.
Rui Silva dá mão a Pavlidis
Esperava-se que Bruno Lage mudasse algo ao intervalo… mas voltaram os mesmos. Só que com outras ideias. Rios deixou de pisar os mesmos terrenos de Leandro Barreiro, passou a jogar mais simples e, com isso, cresceu no jogo.
O Sporting deu o primeiro sinal numa bela jogada de Trincão à entrada da área que terminou num remate contra as pernas de um defensor, aos 49. Aos 50 é Harder a rematar de primeira, na áera, para fora.
Na resposta, o Benfica marcou, aos 51. Primeira incursão de Dahl pelo seu corredor, servido por Pavlidis, a bola foi tirada pela defensiva encarnada para uma zona proibitiva onde apareceu o avançado grego a atirar de primeira. Rui Silva tentou agarrar em vez de socar, a bola bateu-lhe nas luvas e entrou. Muito mal o guardião leonino!
O guardião leonino redimiu-se, aos 59 minutos, com uma grande defesa, após remate de Pavlidis à entrada da área que tinha selo de golo. Grande jogada ofensiva do Benfica.
Com o Benfica em crescimento e o Sporting sem capacidade de reação, Rui Borges mexeu muito, aos 68 minutos: lançou Debast no lugar do amarelado Diomande, Kochorashvili no posto de Morita e estreou Luis Suárez na posição de Harder. Risco zero, apenas troca por troca. Aos 77, nova troca, mas de Quenda no lugar do lesionado Maxi Araújo (Esgaio entraria nos minutos finais no lugar de Geny Catamo, adiantando-se Quenda no terreno).
No Benfica, Bruno Lage lançou Florentino Luís no posto de Enzo Barrenechea, lesionado, e Prestianni na vaga do cansado Akturkoglu.
Tirando um remate de pé esquerdo de Trincão, de fora da área, que Trubin sacudiu, e um corte de António Silva após centro perigoso de Luis Suárez, pouco ou nada produziu o Sporting a nível ofensivo, após sofrer o golo. Quenda ainda tentou com alguns remates de fora da área, que nunca chegaram ao seu destino.
O Benfica conquista assim a sua 10.ª Supertaça de Portugal da sua história, e ultrapassa o Sporting. Lidera o FC Porto com 24 conquistas.