EURO Feminino arranca esta quarta-feira na Suíça: Quando são os jogos? Quem são os favoritos? E o que esperar de Portugal?

O Campeonato da Europa Feminino de 2025 da UEFA, 14ª edição do torneio, arranca esta quarta-feira na Suíça e decorrerá de 2 a 27 de Julho.

Portugal participa pela terceira vez numa fase final da prova, sendo esta a sua terceira participação consecutiva, mas não terá vida fácil num complicado Grupo D, na tentativa de, pela primeira vez, passar à fase a eliminar.

Fique a saber a constituição dos quatro grupos, os horários dos jogos, quando entra em campo a nossa seleção e quem são os favoritos a erguer o troféu.

Onde são os jogos e quando entra em campo Portugal?

O pontapé de saída está marcado para as 17h00 de Portugal continental desta quarta-feira, 2 de Julho, na cidade de Thun, com a Islândia a defrontar a Finlândia. Três horas depois, a anfitriã Suíça entra em campo contra a Noruega, em Basileia.

Portugal estreia-se um dia depois, quinta-feira, frente à toda-poderosa Espanha, em Berna, pelas 20h00. Genebra, Zurique, St.Gallen, Lucerna e Sion são as outras cidades que vão acolher partidas das competição.

A Seleção nacional volta depois a entrar em campo a 7 de julho, segunda-feira, frente à Itália, novamente às 20h00 e fecha a fase de grupos a 11 de julho, sexta-feira, diante da Bélgica.

A final será jogada no St. Jakob-Park, em Basileia, a 27 de Julho, domingo, pelas 17h00 de Portugal Continental.

Quais são os grupos e quem se apura?

As 16 seleções participantes nesta fase final foram divididas em quatro grupos de quatro. Seguem em frente, para os quartos-de-final, os dois primeiros de cada grupo.

Grupo A: Suíça (anfitriã), Noruega, Islândia, Finlândia

Grupo B: Espanha, Portugal, Bélgica, Itália

Grupo C: Alemanha, Polónia, Dinamarca, Suécia

Grupo D: França, Inglaterra (campeã em título), País de Gales, Países Baixos

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Quais as expetativa de Portugal?

Portugal está, então, na sua terceira presença em fases finais (e a terceira consecutiva), não tendo conseguido ultrapassar a fase de grupos em nenhuma das anteriores duas presenças, apesar de ter ficado a apenas um ponto de o conseguir na estreia, em 2017, nos Países Baixos (e de também ter ficado bem perto do apuramento para a fase a eliminar do Mundial 2023.

A tarefa lusa de fazer história e ultrapassar o seu grupo, porém, não se adivinha fácil. Portugal calhou no Grupo B, ao lado da fortíssima Espanha, campeã mundial em título e finalista vencida do último EURO, da Itália, finalista vencida da prova em 1993 e 1997, e de uma Bélgica em ascensão no futebol feminino.

O histórico de Portugal não é famoso contra nenhum destes 3 adversários: ganhou dois e perdeu seis encontros com Espanha (incluindo os últimos cinco), o mais recente por 7-1, ganhou dois e perdeu 14 encontros com a Itália (incluindo os últimos sete) e ganhou quatro empatou um e perdeu seis encontros contra a Bélgica (o mais recente por 0-3, a jogar em caso, em a 3 de junho).

E esse resultado mais recente contra a Bélgica, a juntar a duas derrotas pesadíssimas ante Espanha (a tal por 7-1) e Inglaterra (por 6-0) nos dois jogos oficias que antecederam o desaire ante as belgas fizeram baixar bastante as expetativas de uma Seleção Nacional feminina que, até aí, parecia vir em crescendo e que até tinha empatado com a campeã europeia Inglaterra no início de 2025.

Quem são, afinal, os favoritos?

A Inglaterra é a actual campeã, depois de ter erguido o troféu em casa em 2022, e chegou depois à final do Campeonato do Mundo Feminino no ano seguinte. Mas foram, aí, batidas pela Espanha, que conquistou o seu primeiro título feminino sénior após vários sucessos nas camadas jovens.

As espanholas conquistaram também a Liga das Nações Feminina em fevereiro de 2024 e serão por isso, talvez, a seleção a bater.

Mas há mais: a Alemanha, finalista vencida pela Inglaterra em 2022, venceu seis edições consecutivas do EURO feminino entre 1995 a 2013 e, ao todo, levantou o troféu em oito das 13 anteriores edições, embora tenha estado mais discreta nos últimos tempos.

Há ainda que contar com os Países Baixos, vencedores em 2017 a jogar em casa e, claro, com a França, vencedora da Liga das Nações feminina já este ano. Depois, claro, é bom não esquecer as seleções nórdicas: a Suécia foi terceira no último Mundial, a Noruega conta com super-estrelas como Caroline Graham Hansen e Ada Hegerberg, e a Dinamarca tem Pernille Harder.

Há outras jogadoras a ter em conta?

Para além das estrela acima referidas, outras prometem brilhar nos relvados helvéticos ao longo do mês. A agência noticiosa AFP destaca algumas outras estrelas que prometem brilhar no torneio. São elas:

Alexia Putellas (Espanha), vencedora por duas vezes da Bola de Ouro

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Lea Schüller (Alemanha), avançada do Bayern Munique, que é agora o foco do ataque alemão desde a retirada de lendária Alexandra Popp

Lauren James (Inglaterra), jogadora que dá outra dimensão ao futebol das detentoras do troféu, atuando entre o meio-campo e o ataque, acrescentando criatividade e imprevisibilidade

Claudia Pina (Espanha), suplente de luxo, a avançada do Barcelona foi decisiva ao marcar dois golos como suplente na vitória da Espanha sobre a Inglaterra, garantindo o apuramento para as meias-finais da Liga das Nações

Kadidiatou Diani (França), avançada do Lyon e a jogadora mais experiente da seleção francesa após a decisão surpreendente do treinador Laurent Bonadei de excluir a antiga capitã Wendie Renard

Outras curiosidades: ambiente como prioridade, recorde de venda de bilhetes e uma árbitra portuguesa em cena

A prova terá uma forte abordagem de sustentabilidade, integrando a estratégia ESG (ambiental, social e de governação) da UEFA. Isso significa que o torneio visa reduzir o impacto ambiental, promover a inclusão e garantir a transparência e responsabilidade.

A estratégia inclui modelos de economia circular para minimizar o desperdício e, por exemplo, algumas das seleções – entre elas a portuguesa – vão viajar de comboio entre a cidades nas quais decorrerão os seus jogos.

O evento promete ser um sucesso também a nível de bilhética, tendo já sido batido o recorde do número de ingressos vendidos.

Já foram vendidos mais de 600 mil bilhetes para a fase final do Europeu feminino, números foram avançados pela UEFA, que deu conta de que se trata de um novo máximo, depois de em 2022, em Inglaterra, terem sido vendidos 574.875 ingressos, e dos 247.041 bilhetes vendidos para a edição de 2017, nos Países Baixos.

A fechar, é ainda de lembrar que, para além da Seleção nacional, teremos igualmente em cena, pela primeira vez em fases finais do EURO feminino uma árbitra portuguesa: Catarina Campos integra um lote de 13 ‘juízas’, com Portugal a estar também representado no VAR por Tiago Martins.

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