Portugal empatou com a Itália (1-1), em Genebra, Suíça, em partida a contar para a segunda jornada do grupo B do Euro Feminino. Face a este resultado, na última jornada, as navegadoras terão que vencer a Bélgica e tem que recuperar de uma diferença de golos de (-6) frente à squadra azzurra para seguir em frente para a próxima fase.
Era um jogo de quase tudo ou nada para Portugal. A estreia, no campeonato da Europa, não tinha sido nada auspiciosa, face aos 5-0 sofridos na primeira jornada frente à campeã do mundo Espanha.
Pela frente, no segundo jogo, estava pela frente uma seleção de outro calibre – a La Roja parece viver numa realidade muito própria – mas ainda assim que se tinha estreado com um triunfo no jogo de estreia frente à Bélgica.
Frente à ‘squadra azurra’, Portugal tinha a oportunidade de fazer algo com o jogo, algo que contra à Espanha não foi capaz de fazer. Em Genebra, na Suíça, as navegadoras tinham de pelo menos somarem um empate para ainda poderem sonhar com o apuramento.
No outro jogo do grupo B, a Espanha impunha-se à Bélgica por 6-2 e passeava-se autenticamente no grupo B, assegurando a passagem a próxima fase, sendo uma das principais favorita para levantar o ‘canto’ europeu.
Francisco Neto sabia que precisava de uma revolução e mudou cinco pedras. Patrícia Morais foi a opção na baliza, Ana Borges e Joana Marchão foram lançadas para os corredores e Ana Capeta juntou-se a Diana Silva no ataque. Contudo, a principal novidade foi mesmo a titularidade de Kika Nazareth; afastada há muito meses da competição.
Do lado italiano, Andrea Soncin manteve a mesma equipa com Girelli como a principal figura.
A Itália começou a partida a querer mandar no jogo, Girelli deu o primeiro aviso, e Patrícia Morais atenta a evitar males maiores.
A equipa de Francisco Neve mostrava-se mais eficaz na pressão, mas demonstrava muitas dificuldades em ligar o jogo. Aos 21 minutos, a seleção azurra criou a primeira situação de perigo da partida, num cabeceamento de Salvai, ao lado da baliza, na sequência de um livre Boattin.
Se por um lado o adversário permitia que Portugal tivesse mais tempo para pensar, muitas meses as jogadoras portuguesas demonstravam muita incapacidade para segurar a bola a posse e encontrar linhas de passe. Mas sobretudo a capacidade para chegar ao último terço e criar perigo. A ineficácia é notória, já que Portugal desde os 7-1 com a Espanha, em abril para a Liga das Nações que não consegue marcar qualquer hora. Daí até cá, a equipa lusa tinha somado mais quatro jogos.
Portugal, através das alguns ‘fogachos’ tentava em profundidade. Joana Marchão, uma das melhores de Portugal, descobriu Diana Silva. Contudo, a guardiã Laura Giuliani conseguiu antecipar-se a Diana Silva.
À passagem do minuto 36, a seleção italiana, marcou, mas o lance foi anulado por fora de jogo. Desvio certeiro de Serverini, numa lance em que Patrícia Morais não ficou bem na fotografia, após cabeceamento de Girelli, mas estava em posição adiantada a italiana.
Mas a guardiã portuguesa redimiu-se em cima do intervalo. Remate de primeira de Girelli e Patrícia Morais brilhou com uma grande intervenção.
O primeiro tempo terminava com ascendente italiano. Uma bola na barra e situações de perigo criadas traduziam o domínio da squadra azurra.
No segundo tempo, Portugal apareceu com mais capacidade de ter bola. Diana Silva recebeu no lado esquerdo, cruzou à procura de Capeta, mas a guardiã italiana voltou a ler bem o lance.
Só que as oportunidades de golo, essas, pertenciam à Itália. À passagem do hora de jogo, Caruso fez impor a estampa física e disparou de longe. A bola passou a rasar a barra.
Ao minuto 65´, Francisco Neto quis mexer com o jogo, lançando Catarina Amado e Jéssica Silva.
Logo aos 67, Jéssica Silva criou perigo através de uma grande arrancada, mas depois na hora H, não conseguiu passar por uma adversária e viu-lhe escapar o esférico. Falhou na definição Portugal e marcou Girelli. Grande remate em arco, da melhor jogadora italiana, a não dar hipóteses a Patrícia Morais.
Portugal tinha que arrepiar caminho, e o que é certo é que Diana Silva, ao minuto 80, atirou para o fundo das redes, na segunda tentativa de Diana Silva após um cabeceamento ao poste. o lance foi no entanto anulado pelo VAR.
A equipa das quinas estava melhor e chegou mesmo ao golo à passagem do minuto 89. Cruzamento da esquerda de Dolores Silva e Diana Gomes, fez uma espécie de chapéu, e empatou a contenda.
Em jogo de parada e resposta, e em qualquer equipa nos minutos finais poderia garantir os três pontos, Bergamaschi, ao segundo poste, cabeceou para grande defesa de Patrícia Morais. Já no tempo de compensação, Portugal ficou a jogar com 10 após expulsão de Ana Borges.