O presidente da Federação Portuguesa de Natação (FPN), Miguel Arrobas, considerou esta sexta-feira “muito positivo” o balanço da organização dos Campeonatos da Europa de natação artística, que decorreram no Funchal, destacando o impulso que o evento pode representar para o desenvolvimento da modalidade no país.
“O balanço é muito positivo. Obviamente, é um desafio grande para a FPN a organização de um evento absoluto. Foi a primeira vez que o fizemos. Já de si, é o cumprimento deste objetivo. Também pela organização simultânea de Europeus e Taça COMEN, pela primeira vez”, afirmou à agência Lusa.
O evento decorreu no Complexo Olímpico de Piscinas do Funchal, na ilha da Madeira, e reuniu atletas seniores e jovens, num modelo inédito que o dirigente acredita poder inspirar outros países a seguir o exemplo. “Fazemos a ligação entre gerações, os do futuro e os melhores da atualidade”, sublinhou.
Portugal apresentou-se com um dueto sénior composto por Anna Luiza Carvalho e Inês Dubini, que alcançaram um nono lugar no dueto técnico e o 13.º posto no livre, condicionadas por problemas de saúde. Nos duetos mistos, Daniel Ascenso e Filipa Faria ficaram em quarto no livre, enquanto Ascenso e Maria Beatriz Gonçalves terminaram em quinto no técnico.
“A natação artística em Portugal tem crescido bastante, em interesse e nível competitivo”, sublinhou Arrobas, lamentando o falhanço da qualificação olímpica de Gonçalves e Cheila Vieira, por margem mínima. O presidente da FPN quer agora reforçar a aposta na formação e na presença internacional: “Cabe-nos relançar a modalidade, com estratégia.”
Na Taça COMEN, Portugal celebrou dois pódios: Maria Almeida e Luísa Maia conquistaram o bronze no dueto livre, e Rodrigo Carvalho e Elisabete Fortunato fizeram o mesmo no dueto misto livre.
As treinadoras Rita Varandas e Beatriz Gama enalteceram a importância desta participação para o crescimento dos jovens atletas, depois de sete anos de ausência da Taça COMEN. “Estamos a tentar criar a base que nos vai permitir desenvolver”, afirmou Varandas. Para Gama, esta é uma oportunidade de dar o primeiro passo num “longo caminho” rumo à elite da natação artística