Duas décadas após a inauguração, o Estádio do Dragão poderá ver a sua cobertura substituída. A direção do FC Porto, agora liderada por André Villas-Boas, está a considerar uma intervenção profunda para restaurar o aspeto original da estrutura, cuja tonalidade clara deu lugar a uma aparência escurecida e ressequida, resultado da exposição constante às intempéries e à poluição da VCI.
Segundo apurou o jornal A BOLA, a substituição total da cobertura está em cima da mesa, mas apenas avançará quando existirem condições financeiras favoráveis.
O custo estimado ultrapassa os cinco milhões de euros e a obra poderá demorar até 18 meses a ser concluída. Uma limpeza recente revelou que a sujidade está demasiado incrustada para ser removida com eficácia, tornando inevitável a renovação.
A par desta possibilidade, o clube tem planos mais amplos para o recinto, com uma remodelação progressiva a ser planeada para os próximos dois anos. As áreas de hospitalidade e camarotes serão alvo de melhorias significativas, impulsionadas pelo novo acordo com a empresa espanhola Ithaka, especializada na exploração de infraestruturas desportivas.
O contrato com a Ithaka — que assegura receitas de bilhética, naming rights, patrocínios e eventos — foi originalmente negociado por Pinto da Costa, mas revisto por Villas-Boas, que conseguiu aumentar o montante a receber até aos 100 milhões de euros, mediante o cumprimento de metas financeiras.
Apesar da gestão partilhada, o FC Porto mantém o controlo das operações do Dragão e a propriedade do estádio, num acordo válido por 25 anos, com início já na próxima temporada.
O objetivo é claro: devolver ao Dragão o brilho de outros tempos, sem comprometer a sustentabilidade do clube.