Pep Guardiola lançou um aviso firme à estrutura do Manchester City: se o plantel não for reduzido para a próxima temporada, está disposto a sair.
Numa conferência de imprensa marcada pela frustração acumulada ao longo de uma época aquém das expectativas, o treinador espanhol traçou uma linha vermelha para 2025/26.
“Já informei o clube que não quero um plantel extenso. Não quero deixar cinco ou seis jogadores de fora. Nesse caso sairei. Se não fizerem um plantel mais curto, então demito-me. É-me impossível dizer aos jogadores que vão para a tribuna, que não vão jogar”, atirou Guardiola, na noite de terça-feira.
A exigência surge numa altura de mudanças no organograma do clube, com Hugo Viana — ex-diretor desportivo do Sporting — a integrar a estrutura dos “citizens” a partir deste verão. Será ele, em conjunto com os restantes responsáveis, quem terá de gerir o desejo claro do técnico catalão.
Segundo os dados oficiais do site do Manchester City, o plantel conta atualmente com 28 jogadores, já excluindo os quatro atletas emprestados. Um número claramente excessivo para Guardiola, que prefere trabalhar com um grupo mais reduzido e com menos margem para descontentamentos.
“Há três meses não conseguíamos escolher 11 jogadores, não tínhamos defesas, foi muito difícil. Depois regressaram, mas na próxima época não posso ter 24 jogadores nos treinos, mas deixar quatro, cinco ou seis fora da convocatória. Isto não vai acontecer”, vincou.
A temporada 2024/25 tem sido a menos conseguida desde que Guardiola chegou a Manchester. Os “citizens” conquistaram apenas a Supertaça e continuam sem garantir, à entrada da última jornada, o apuramento direto para a Liga dos Campeões da próxima época — um cenário impensável há não muito tempo.
Com o futuro em aberto, a direção do clube tem agora de escolher entre manter a profundidade do plantel ou ceder à vontade de um treinador que tem sido sinónimo de sucesso. Hugo Viana terá trabalho delicado logo nos primeiros dossiês.