Um tribunal espanhol decidiu levar a julgamento o membro da família real do Qatar, Sheikh Abdullah Al-Thani, e três dos seus filhos, por alegados crimes cometidos durante a sua gestão do antigo clube da La Liga, o Málaga, disseram fontes judiciais na quarta-feira.
O antigo presidente do clube, Al-Thani, parente afastado da família que governa o Qatar, e os seus filhos são acusados de apropriação indevida, gestão danosa e imposição de acordos abusivos, de acordo com um documento do tribunal de Málaga, datado de segunda-feira.
Se forem considerados culpados, enfrentam penas de prisão pela forma como geriram o clube andaluz, atualmente na segunda Liga. A sua gestão levou à descida de divisão e colapso financeiro do Málaga.
Al-Thani comprou o Málaga em 2010 e lançou o modesto clube numa onda de contratações milionárias, adquirindo estrelas como Santi Cazorla e o antigo avançado do Real Madrid e Manchester United, Ruud van Nistelrooy.
O sucesso foi de curta duração. Após chegar aos quartos de final da Liga dos Campeões em 2013, o Málaga perdeu as suas principais figuras, foi despromovido da La Liga em 2018 e caiu para a terceira divisão em 2023.
A pandemia de Covid-19 agravou a situação financeira do clube, que passou a estar sob supervisão das autoridades fiscais espanholas e apresentou um plano de despedimento coletivo.