Libertados 104 adeptos da Universidad de Chile após incidentes violentos na Argentina

A Justiça argentina ordenou a libertação de 104 adeptos da Universidad de Chile detidos após os violentos incidentes de quarta-feira, no Estádio Libertadores de América, em Avellaneda, durante o jogo com o Independiente, a contar para os oitavos de final da Taça Sul-Americana.

Os confrontos começaram perto do intervalo, com o marcador em 1-1, quando um grupo de chilenos, situado na bancada superior, começou a lançar cadeiras e pedaços da estrutura para o setor inferior, ocupado por adeptos do Independiente. A situação rapidamente escalou, obrigando à intervenção da polícia e à evacuação parcial dos visitantes.

Apesar do reforço da segurança, vários adeptos do clube argentino conseguiram aceder ao setor visitante e atacaram um pequeno grupo de chilenos que ainda permanecia no local. Os confrontos resultaram em cerca de 20 feridos, um deles em estado grave, e mais de uma centena de detenções, maioritariamente de adeptos da Universidad de Chile.

O episódio gerou reações políticas de alto nível. O ministro do Interior do Chile, Álvaro Elizalde, deslocou-se a Buenos Aires para se reunir com a homóloga argentina, Patricia Bullrich, que garantiu “celeridade e responsabilidade” no processo judicial. “Os que não cometeram nenhum delito poderão regressar a casa tranquilos, os que cometeram delitos vão pagar. Seja do clube que for, seja da nacionalidade que for”, afirmou a ministra argentina.

O caso segue agora para avaliação das autoridades judiciais da Conmebol, que poderá aplicar sanções severas ao clube chileno e ao Independiente, devido à gravidade dos incidentes que mancharam a competição continental.

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