A Liberty Media finalizou, esta sexgta-feira, a aquisição da Dorna, empresa detentora dos direitos dos principais campeonatos mundiais de motociclismo, como o MotoGP e o WorldSBK de Superbikes. O anúncio foi feito pela Liberty Media Corporation, e pela Dorna Sports, S.L., esta sexta-feira.
Com esta conclusão, volta a nascer a ideia de termos provas de Fórmula 1 e MotoGP no mesmo circuito, no mesmo fim de semana.
A Liberty Media, proprietária da Fórmula 1, fica 84% do MotoGP, enquanto a Dorna mantém 16% do negócio.
A Dorna detém os direitos exclusivos do MotoGP desde 1991, do Campeonato do Mundo de Superbikes da FIM (WorldSBK) desde 2013, e do Campeonato do Mundo de MotoE da FIM (motociclos elétricos) desde 2019.
A Dorna, fundada há 37 anos em Espanha, comprou os direitos das provas à Federação Internacional de Automobilismo até 2060. O contrato inclui a gestão, organização e administração dos direitos comerciais do MotoGP, que em 2025 prevê a realização de 22 Grandes Prémios em 18 países dos 5 continentes, 12 rondas do WorldSBK e 14 corridas de MotoE.
De acordo com alguns estudos, só no MotoGP, se registem 677 milhões de espetadores acumulados e 3 milhões de assistentes presenciais ao longo de todas as provas do campeonato.
O negócio estava dependente da luz verde da Comissão Europeia, que autorizou o mesmo no dia 27 de junho. O executivo comunitário tinha aberto em março uma investigação aprofundada para avaliar os impactos da operação, concluindo que não colocava problemas de concorrência no Espaço Económico Europeu (EEE).
Em comunicado, a Liberty Media garante que “irá agora alavancar, com a sua experiência, a base de adeptos do MotoGP e fazer crescer este desporto comercial e globalmente”.
Carmelo Ezpeleta, chefe máximo da Dorna desde 1998, vai continuar a gerir os destinos do campeonato do Mundo de MotoGP
O mesmo responsável diz acreditar que “este desporto tem um grande potencial de crescimento”, que a Liberty vai procurar desenvolver “através de uma ligação profunda com a base de fãs e expandir a marca para uma audiência mais global”.