Liga MEO Surf: Etapa a etapa. O foco de Martim Nunes

O Allianz Ericeira Pro, 3.ª etapa da Liga MEO Surf 2025, arranca esta sexta-feira em Ribeira d’Ilhas, na Ericeira. Teresa Bonvalot e Tomás Fernandes (em igualdade pontual com Luís Perloiro) chegam à Reserva Mundial de Surf com a licra amarela Go Chill vestida, camisola que simboliza o estatuto de líderes do ranking do circuito nacional.

Martim Nunes, atual 5.º da hierarquia, embora apresente como objetivo “vencer sempre”, vai mais profundo na análise. “Sendo sincero, não estou a pensar muito no resultado final”, confessou ao SAPO DESPORTO.

“O meu foco, desde sempre, foi fazer boas etapas, competir etapa a etapa, obviamente que lutar por um título é incrível e é sempre o objetivo, mas o foco nunca foi ter de fazer x ou y para estar na luta pelo título ou para estar neste ou naquele lugar no ranking”, sublinhou o ex-tricampeão nacional sub-20.

O hat-trick de títulos nacionais jovem serviu “como rampa de lançamento para a Liga e para os campeonatos internacionais”, assumiu.

Liberto dessa competição interna e finalizada a passagem no Men’s Junior Tour, circuito da Liga Mundial de Surf (WSL), onde pairou no top-20, esta temporada, a par da competição na Liga MEO, prepara um ataque diferente ao Qualifying Series (QS), circuito europeu de qualificação da Liga Mundial de Surf (WSL).

“Estas etapas da Liga servem também, acima de tudo, para estar ainda mais e melhor preparado para o QS”, realçou o surfista treinado por David Raimundo.

A ausência de duas etapas da temporada 2024-2025 deveu-se “a lesão (Marrocos) e opcional (Inglaterra)”, recordou, afastamentos que ditaram o 47.º lugar do ranking QS.Para a época que se inicia em julho, Martim Nunes, surfista nascido em Lisboa e adotado pela Praia Grande, Sintra, expressa um desejo.

“Quero ir a todas e estar preparado para lutar pelos lugares mais acima, obviamente”, avançou.

No novo caminho, Martim Nunes procura inspiração em Frederico Morais, ex-surfista residente no circuito mundial de surf e Afonso Antunes, ambos a competirem no Challenger Series (CS) em 2025-2026 e inscritos na 3.ª etapa da Liga MEO surf.

“Eles puxam por nós, pelo menos, por mim, puxam-nos para sermos melhores, e ambicionar e chegar onde eles chegaram”, analisou.

“Já competi várias vezes com eles, dá sempre uma motivação extra, porque são surfistas que estão no nível em que nós queremos chegar. Competimos e aprendemos com eles”, resumiu o surfista que chegou a viver um mês na casa de Italo Ferreira, Baía Formosa, no Brasil.

“São as pessoas que queremos estar rodeados, pessoas que nos inspiram e nos puxam para ser melhores e que nos vão fazer evoluir”, rematou ao falar da experiência em fevereiro de 2020 ao lado do campeão mundial e campeão olímpico.

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