A Liga Portugal anunciou esta quarta-feira ter entregue à Autoridade da Concorrência a proposta de modelo de comercialização centralizada dos direitos audiovisuais das competições profissionais. O organismo liderado por Reinaldo Teixeira sublinha que este passo foi dado “com 11 meses de antecedência” em relação aos prazos definidos e que representa “um marco fundamental” na reestruturação do futebol profissional português.
A formalização do processo foi conduzida pelo presidente da Liga, Reinaldo Teixeira, e pelo diretor executivo André Mosqueira do Amaral, acompanhados por representantes do Conselho de Administração da Liga Centralização — órgão que aprovou a proposta por unanimidade e que integra clubes como FC Porto, Sporting, Sp. Braga, V. Guimarães, Alverca, Feirense, Leixões e Marítimo.
No comunicado, a Liga destaca que a proposta contou com o conhecimento de todas as sociedades desportivas e da Federação Portuguesa de Futebol, refletindo um “intenso trabalho desenvolvido desde a tomada de posse da atual Direção Executiva”, há pouco mais de três meses. O organismo elogia ainda “o importante trabalho iniciado pela anterior direção” e garante que foram introduzidas “alterações estratégicas relevantes” baseadas numa auscultação do mercado e num esforço de alinhamento com as principais ligas europeias.
Durante este processo, a Liga reuniu com operadores nacionais e internacionais, plataformas de streaming e canais tradicionais, além de autoridades como o Governo, IPDJ, PSP, GNR, PJ, SIS e Proteção Civil, numa tentativa de garantir uma abordagem “aberta, transparente e competitiva”, centrada na maximização do valor dos direitos e na proteção dos interesses do setor.
A Liga Portugal reafirma ainda o compromisso com o estipulado no Decreto-Lei n.º 22-B/2021, garantindo que a centralização dos direitos televisivos será feita com rigor, responsabilidade e em benefício do futebol português e dos seus adeptos.