Luuk de Jong: “Queria mais uma grande aventura e o FC Porto deu-ma”

Luuk de Jong concedeu uma extensa entrevista ao jornal neerlandês AD, publicada este sábado, na qual explicou em detalhe a decisão de deixar o conforto do PSV e da sua terra natal para rumar a Portugal e reforçar o FC Porto, aos 34 anos.

O avançado revelou que a vontade de viver uma nova experiência, aliada a um projeto que conjugasse vida profissional e familiar, foi determinante.

“Procurava mais uma grande aventura, se tivesse de resumi-lo numa frase. Um regresso, espero eu, à vida de que tanto desfrutei quando joguei por Barcelona e Sevilla. Fui para o Sevilla com 29 anos, embora, na época anterior, tivesse praticamente fechado a ida para o Bordeaux. O negócio caiu no último minuto. Desta vez, quis viver a experiência de ser jogador livre no verão, pela primeira vez na minha carreira, e ver que desafios isso traria, especialmente na minha idade”, contou.

O avançado, que marcou 39 golos nas últimas duas épocas no PSV, admitiu que descartou rapidamente a hipótese de seguir os passos de Lionel Messi para a MLS. “Clubes da MLS fizeram abordagens, mas rejeitei-as. Há anos, ponderei jogar no México, parecia-me uma grande aventura. Mas, agora, com dois filhos pequenos, não quero estar do outro lado do mundo com a minha família separada. Oito ou nove horas de viagem para nos vermos é demasiado”, afirmou.

De Jong confessou que a chegada ao Dragão só foi possível devido a um telefonema de Francesco Farioli, na última semana de julho. “Ele disse-me: ‘Tal como no Ajax, tenho um plantel jovem e preciso de líderes’. Falou-me da importância de criar um ambiente de família fora de campo, organizando saídas e momentos de convívio. Gostei da abordagem. Disse ainda que, na época passada, o fiz chorar quando ganhei o campeonato com o PSV, e que queria ser feliz comigo esta temporada”, revelou.

Quanto à concorrência de Samu Aghehowa, garante não se preocupar: “Se jogar 60 minutos ao máximo ou 30 a partir do banco, não é problema. Nesta fase da carreira, sei adaptar-me”.

O avançado também partilhou como viveu a morte de Jorge Costa, apenas dois dias depois da sua apresentação no Dragão, num jogo de preparação frente ao Atlético de Madrid.

“Na altura, foi pura alegria, mas, três dias depois, estava no mesmo local, ao lado do caixão. Passámos pelo estádio para prestar a última homenagem e fomos ao funeral. Foi muito intenso e triste. Ele era um ídolo do clube, com apenas 53 anos, e sentiu-se mal enquanto trabalhava no nosso centro de treinos. Foi um momento marcante para todos nós”, concluiu.

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