Memes da Bola: Abram alas aos Campeões da Liga das Nações

Bom dia campeões!!!

Minhas senhoras e meus senhores, damas e cavalheiros, peguem nas bifanas, despejem a mini e acendam a velinha de São Cristiano, que Portugal voltou a ser feliz! Vencemos a Liga das Nações. A  Taça da Liga da Europa em versão “cardiopatia crónica”, derrotando a Espanha nas grandes penalidades, essa arte ancestral de decidir quem sofre mais e tem o coração mais forte.

Vamos ao jogo…

Decorriam os 21 minutos, quando Zubimendi, que tem nome de vilão basco de novela da tarde — decidiu furar a defesa portuguesa com a elegância de um comboio Alfa Pendular sem travões. 1-0 para a ‘Roja: e meia dúzia de portugueses a murmurar “eh pá, começa cedo, já não ’tou’ a gostar disto…”

Só que tal como diz Pedro Abrunhosa, é preciso é ter calma! É que cinco minutos depois, Nuno Mendes,  esse velocista de Alcochete, com pulmões de locomotiva a vapor, decidiu que também queria fazer parte da ata do jogo e mandou uma bomba que até fez o Casillas levantar-se do sofá e escrever mais um ‘post’ que ninguém percebeu uma rede social qualquer.

Já a malta fazia fila para ir ao bar, aos 45 minutos, mesmo quando o empate parecia uma coisa bonita para se levar para intervalo, apareceu Oyarzabal.  Além de ter um nome que soa a password de ‘Wi-Fi’, também tem jeito para marcar golos. 2-1 para a Espanha e nós com um melão de casca de carvalho sem “v” do ‘caraças’.

Durante o intervalo não sei o que o Martinez lhes disse mas resultou…

Aos 61 minutos, o Messias da bola, o Moisés de Alvalade, o Cristiano dos Cristianos, com um oportunismo digno de um Ventura faz o empate. Os defesas espanhóis ainda estão a pensar como é que um velhinho lhes fugiu à marcação, mas ainda bem que o fez, pelo menos para nós.

Termina o tempo regulamentar e chegámos ao prolongamento com a certeza de que ninguém queria arriscar nada. Foi uma espécie de episódio de “O Preço Certo”: muitos gritos, alguma tensão e senhores a suar. Tudo em câmara lenta, como se a prorrogação fosse patrocinada por um spa. Foi xadrez futebolístico mas ao meu nível, de quem não sabe jogar e então mais vale estar quieto e não mexer uma peça.

Vieram as grandes penalidades, começou a lotaria, ou melhor, o Euromilhões com chuteiras. Todos foram marcando até que a Espanha falhou um por Morata que parece ter uma relação complicada com redes adversárias desde os tempos da Juventus.  Rematou como quem está a devolver o prato na cantina e o nosso Diogo Costa, com as mãos mais seguras que um mealheiro de avó, defendeu com classe e estilo.

A cereja no topo do pastel de nata (não sei se fica bom, é uma questão de tentarem) veio com Rúben Neves, que bateu a bola final como quem manda um e-mail importante: curto, direto, sem erros ortográficos e com o anexo bem colocado. Bola para um lado, guarda-redes para o outro, e Portugal campeão!

Assim, entre suor, lágrimas e penáltis com grau de tensão digno de novela mexicana, Portugal levanta novamente um caneco e já há pessoal que está a tatuar “campeões” com erros ortográficos no braço.

 Viva  o futebol, viva Portugal, carago!

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