Muller e os técnicos portugueses no Brasileirão: “Não bato palmas para esses treinadores maus”

Muller foi bastante crítico na forma como o Brasil tem vindo a recrutar cada vez mais treinadores estrangeiros. A lenda do futebol brasileiro é atualmente comentador de televisão e, chamado a emitir opinião sobre os treinadores estrangeiros, deixou críticas para uns e elogios para alguns portugueses.

“Pegamos nas coisas más dos europeus e trouxemos para cá. Infelizmente, é isso. A formação hoje tem treinadores estrangeiros. Não sou contra, até porque o Abel Ferreira, para mim, é hoje o melhor treinador estrangeiro do Brasil. E é um grande treinador. Mas sou contra treinador ou jogador estrangeiro vir e não fazer nada”, começou por dizer, em entrevista ao programa ‘Abre Aspas’, do Globoesporte

“O que o Sampaoli deixou de legado, já que essa palavra é tão famosa hoje? O que o Caixinha deixou? O que o Coudet deixou? Não deixaram nada, são treinadores medianos. O Vítor Pereira, que hoje é protagonista em Inglaterra, o que ele fez de bom no Flamengo e no Corinthians? Nada. Então, eu não bato palmas para esses treinadores maus que nós tivemos aqui”, disse Luís Antônio Corrêa da Costa, mais conhecido por Muller.

Sobre os técnicos portugueses em particular, Muller continuou a elogiar Abel Ferreira: “O Abel, sim, tem que se aplaudir. É um grande treinador, entrou dentro da cultura do nosso futebol, aprendeu e conheceu o nosso futebol. E é por isso que está há cinco anos a ser protagonista e a ganhar títulos importantes. Gostaria de ter o Abel na seleção brasileira, mas reconheço também que os nossos treinadores brasileiros precisam de crescer mais, precisam de despertar”, atirou.

Sobre Jorge Jesus, que teve uma passagem de com muito êxito pelo Flamengo, Muller lamentou que o sucesso do técnico português no Mengão não tenha sido bem aproveitado.

“Achava que o Jorge Jesus, quando veio, ia gerar um despertar no nosso futebol na classe de treinador. Não houve, muito pelo contrário, houve uma avalanche de treinadores portugueses”, lamentou.

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