Nuno Lobo, candidato derrotado nas eleições da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), afirmou esta sexta-feira estar “inteira e totalmente” disponível para confirmar a denúncia feita por Luís Filipe Vieira sobre um alegado aliciamento de Pedro Proença, atual presidente federativo.
Em comunicado, o ex-líder da Associação de Futebol de Lisboa referiu que está pronto a prestar declarações “logo que a Procuradoria-Geral da República e o Ministério Público instaurem o competente processo de inquérito”, frisando que pelo menos um dos pontos referidos por Vieira “reveste a forma de crime público”.
O caso remonta às declarações do antigo presidente do Benfica, que disse ter sido pressionado para abandonar a corrida eleitoral de 14 de fevereiro, em troca de um cargo e da promessa de suceder a Proença quando este rumasse à UEFA. Nuno Lobo garante não ter nada a corrigir ou desmentir sobre o que foi dito.
O dirigente reiterou críticas a “manobras e atropelos de ética duvidosa, alguns ilegais” no processo eleitoral e apelou à intervenção do Governo e do Instituto Português do Desporto e Juventude.
Pedro Proença venceu as eleições com 75% dos votos, sucedendo a Fernando Gomes, que liderou a FPF durante 13 anos. Entretanto, o Ministério Público instaurou um inquérito a Luís Filipe Vieira por alegada difamação e denúncia caluniosa.
Nuno Lobo disse ainda que só não reagiu mais cedo “por respeito à memória de Jorge Costa”, garantindo também disponibilidade para colaborar nesse processo.