Papa Leão XIV quer que desporto seja “encontro entre os povos, as comunidades, na escola e vida profissional, e nas famílias”

O Papa Leão XIV pediu hoje que o desporto seja “instrumento de encontro entre povos, nas comunidades, nas escolas e na via profissional, e nas famílias”.

Na homília de hoje celebrada na Basílica de São Pedro durante a missa do Jubileu do Desporto que coincide com a celebração da Santíssima Trindade, o pontífice admitiu que “a união Trindade-Desporto não é comum”, porém, considerou, “a associação não é absurda”.

Leão XIV afirmou que o desporto consiste em “doar-se aos outros, ao próprio crescimento, aos fãs, aos entes queridos, aos treinadores, aos colaboradores, ao público, e até mesmo aos adversários” e enfatizou: “E, se alguém é verdadeiramente um atleta, isso é verdade independentemente do resultado”.

O Papa elogiou o facto do desporto, “numa sociedade marcada pela solidão” e pelo “individualismo exagerado, ensinar o valor da colaboração”, especialmente quando praticado em equipa.

“Desta forma, pode-se tornar um importante instrumento de encontro entre os povos, as comunidades, na escola e vida profissional, e nas famílias”, referiu.

Leão XIV acrescentou que “numa sociedade cada vez mais digital, na qual as tecnologias, embora aproximem pessoas distantes, muitas vezes distanciam as que estão próximas”, o desporto “valoriza o sentido do corpo, do espaço, do esforço, do tempo real”.

“Assim, diante da tentação de escapar para mundos virtuais, ajuda a manter uma conexão saudável com a natureza e com a vida concreta, único lugar onde se pratica o amor”, acrescentou.

Observando que “numa sociedade competitiva, onde parece que só os fortes e os vencedores merecem viver”, Leão XIV disse que o desporto “também ensina a perder, testando na arte da derrota”.

“Campeões não são máquinas infalíveis, mas homens e mulheres que, mesmo quando caem, encontram a coragem de se levantar”, afirmou.

Aos atletas, Leão XIV indicou que “a Igreja lhes confia uma missão maravilhosa: ser, nas atividades que realizam, um reflexo do amor da Trindade para seu próprio bem e dos seus irmãos”.

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