Portugal caiu, este sábado, nos quartos de final do Campeonato da Europa de Sub-21, ao perder por 1-0 frente aos Países Baixos. Uma eliminação amarga para a equipa de Rui Jorge, que foi superior durante quase todo o encontro, mas acabou traída pela falta de eficácia e por um golo solitário de Ernest Poku, já perto do fim, que premiou a resiliência neerlandesa.
O jogo, disputado em ritmo intenso, teve desde cedo um único sentido. Portugal, que chegara a esta fase após liderar invicta o Grupo C, com duas vitórias e um empate, assumiu as rédeas da partida desde o apito inicial.
Aos sete minutos, Tiago Tomás desperdiçou uma excelente oportunidade após cruzamento de Rodrigo Pinheiro. Dois minutos depois, foi Geovany Quenda a ameaçar, com um remate cruzado que passou muito perto do alvo.
A superioridade portuguesa parecia ganhar contornos ainda mais claros aos 21 minutos, quando Ruben van Bommel foi expulso por duplo amarelo, deixando os Países Baixos reduzidos a dez unidades. Quenda, novamente ele, foi o “motor” do lance que levou à expulsão, num arranque rápido travado em falta. O critério apertado do árbitro gerou alguma discussão, mas a decisão pareceu correta.
Portugal intensificou o cerco e, aos 28’, Tiago Tomás caiu na área após entrada dura de Devyne Rensch. O árbitro, após consulta ao VAR, assinalou grande penalidade. Tudo parecia encaminhado para a vantagem lusa, mas Quenda acertou no poste. Uma oportunidade de ouro, desperdiçada com demasiada pontaria.
Apesar da inferioridade numérica, os Países Baixos não baixaram os braços. Maatsen ainda marcou, mas estava em fora de jogo, e Thom van Bergen obrigou Samuel Soares a uma defesa monumental, na melhor oportunidade da primeira parte.
No segundo tempo, Portugal manteve o domínio territorial e continuou a acumular ocasiões. Paulo Bernardo (48’) e Diogo Nascimento (55’) estiveram perto de marcar, mas faltava sempre o toque final, a frieza no momento decisivo.
Com o passar dos minutos, o desgaste começava a notar-se, e os neerlandeses foram acreditando. Aos 82’, Meijer deu o primeiro aviso num contra-ataque venenoso.
O segundo aviso, no entanto, foi letal: Maatsen rasgou a defesa portuguesa com um passe perfeito, isolou Poku, que aguentou a carga de Flávio Nazinho, fintou Samuel Soares e atirou para o fundo das redes. Silêncio no banco português. Incredulidade em campo. Castigo cruel.
Portugal ainda tentou reagir nos minutos finais, mas já era tarde. O apito final confirmou uma eliminação inglória, num jogo em que os Sub-21 fizeram quase tudo bem… menos aquilo que realmente conta: marcar golos.