Rali de Portugal: Ogier conquista a sétima em terras lusas e relança Mundial

O francês Sébastien Ogier (Toyota Yaris) confirmou hoje a vitória na 58.ª edição do Rali de Portugal, quinta ronda do Campeonato do Mundo (WRC), em que o finlandês Kalle Rovanperä (Toyota Yaris) se aproximou do líder do Mundial.

Ogier concluiu a prova lusa com o tempo de 3:48.35,9 horas, deixando na segunda posição o estónio Ott Tänak (Hyundai i20), a 8,7 segundos, com o finlandês Kalle Rovanperä (Toyota Yaris) em terceiro, a 12,2.

Uma vitória caída do céu para o piloto gaulês depois dos problemas na direção assistida sofridos por Tänak, no sábado, na segunda passagem por Amarante, numa altura em que dominava.

“Foi uma luta dura. Infelizmente, não foi justa, pelo problema que ele teve. Se não fosse isso, não tinha vencido, porque ele esteve sempre mais rápido”, concedeu Ogier, mal cortou a linha de meta da ‘power stage’ de Fafe, última das 24 especiais disputadas na edição deste ano.

Ogier, de 41 anos, somou o primeiro triunfo na prova lusa em 2010, de um total de sete hoje confirmados. Venceu ainda em 2011, 2013, 2014, 2017 e 2024, superando por dois triunfos os cinco conseguidos pelo finlandês Markku Alen no século passado.

Apesar de estar a disputar apenas algumas das 14 provas do Campeonato, (falhou já o Rali da Suécia e o do Quénia), Ogier somou o segundo triunfo da época, depois de ter entrado a vencer no Monte Carlo.

É o 63.º triunfo da carreira do piloto francês, oito vezes campeão mundial (2013, 2014, 2015, 2016, 2017, 2018, 2020 e 2021). Foi, também, o sexto triunfo consecutivo da Toyota em terras portuguesas.

Mas a vitória deste ano só foi possível pelos problemas mecânicos sofridos por Tänak, que no sábado perdeu 45 segundos ao ficar sem direção assistida a sete quilómetros do final da penúltima especial do dia, em Amarante. A esse tempo somou ainda mais oito segundos perdidos na superespecial de Lousada.

Ultrapassada a desilusão com esse balde de água fria, Tänak entrou hoje ao ataque, disposto a minimizar as perdas no campeonato. O estónio, campeão em 2019, venceu as cinco últimas especiais (só cedeu na primeira passagem por Paredes para Rovanperä), 12 das 24.

“Depois do desalento, conseguir o segundo lugar, não é mau. Foi uma grande desilusão”, frisou o piloto da Hyundai, que somou os cinco pontos extra pela vitória no superdomingo e outros cinco pontos por ter vencido a power stage.

O campeão em título, o belga Thierry Neuville (Hyundai i20) fechou a prova na quarta posição, a 38,5 segundos do vencedor, com o japonês Takamoto Katsuta (Toyota Yaris) na quinta posição, a 1.41,9 minutos, apesar de um pião em Felgueiras.

O líder do campeonato, o britânico Elfyn Evans (Toyota Yaris), nunca encontrou o ritmo certo e fechou na sexta posição, a 2.31 minutos, seguido do finlandês Sami Pajari (Toyota Yaris), já a 5.12,3 minutos.

Neste último dia de competição, nota para o abandono do francês Adrien Fourmaux (Hyundai i20), com problemas no sistema de refrigeração do motor, depois de ter partido a transmissão na sexta-feira ao bater numa pedra, quando era segundo classificado.

Diogo Salvi (Ford Puma), único português a participar na categoria principal, conseguiu terminar sem problemas de maior.

“Fui muito lento, mas desfrutei muito”, sublinhou.

Armindo Araújo (Skoda Fabia) foi o melhor dos portugueses pelo 14.º ano consecutivo, no 26.º lugar da geral, batendo Pedro Meireles (Skoda Fabia), que foi 28.º, e Diogo Salvi (29.º). Terminou ainda Diogo Marujo (Skoda Fabia), de apenas 18 anos.

Com estes resultados, Elfyn Evans mantém o comando do campeonato, com 118 pontos, mais 30 do que Rovanperä, que é segundo. Ogier subiu ao terceiro lugar, com 86, com Ott Tänak em quarto, com 84. Thierry Nueville é quinto, com 78.

A Toyota Gazoo, que venceu as cinco provas já disputadas em 2025, lidera o campeonato de construtores, com 258 pontos, contra os 207 da Hyundai e os 72 da M-Sport Ford. A Toyota WRT tem 36.

A próxima ronda do Mundial é o Rali da Sardenha, de 05 a 08 de junho.

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