O Real Madrid lançou esta segunda-feira um duro ataque à La Liga e também à Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF).
Através dos seus canais oficiais, os ‘merengues’ reagiram à recusa do adiamento do primeiro jogo do campeonato diante do Osasuna, marcado para o dia 19 de agosto, no Estádio Santiago Bernabéu.
Os madridistas referem-se a uma “manipulação” deliberada do calendário, apontando o dedo a Javier Tebas, presidente de La Liga, e também a José Alberto Peláez, juiz único de competição.
“A LaLiga 2025/26 começa viciada, alterada e manipulada”, começa por afirmar o Real Madrid, que se apoia no parecer jurídico de Miguel García Caba, antigo dirigente do clube, que também já passou pela Liga e Federação.
Nesse mesmo parecer, Caba lança críticas a Peláez, mormente pela demora na resposta ao pedido de adiamento da partida por parte do Real.
“A urgência foi ignorada. O sentido comum enterrado. O que se assinou não foi uma resolução, foi um estouro à medicina desportiva, à lógica e à integridade da competição. Aplicou-se o regulamento como um martelo e o clube mais golpeado foi, objetivamente, o Real Madrid”, pode ler-se.
Javier Tebas também não escapou às críticas, sendo apontado como responsável máximo por toda a situação.
“Não é um passageiro, é o timoneiro. Decide o rumo e onde disparar”, escreve o Real Madrid.
“Quando se aplica a norma como garrote para uns e como tapete vermelho para outros, não há integridade. Há ajuste de contas .E que ninguém se engane: um golpe como este não é neutro. Muda dinâmicas. Muda estados de forma. Muda resultados. Um ponto perdido em agosto vale o mesmo que em maio. Este não é apenas um golpe a uma partida: é um golpe à temporada”, acrescenta.
Para além de La Liga, a RFEF também não escapou ao ataque ‘merengue’ que critica a imparcialidade do órgão que rege o futebol espanhol.
“A independência não basta ser exercida, tem de ser demonstrada. Hoje foi o Real Madrid, amanhã pode ser qualquer um”