Rui Borges fez esta sexta-feira a antevisão do dérbi entre Benfica e Sporting, relativo à 33ª jornada da Primeira Liga, marcado para este sábado, no Estádio da Luz.
O treinador dos leões afirmou que a equipa está ciente de que este pode ser um jogo decisivo, isto apesar de, segundo o próprio, estar a prepará-lo como qualquer outro. Rui Borges enalteceu o apoio recente de Ruben Amorim, e nem quis falar sobre uma possível saída, caso os leões percam o título.
Importância do jogo: “Estamos onde queremos e onde este clube tem de estar, que é nas decisões finais, a tentar conquistar troféus. Temos de estar felizes com isso. São dois resultados, mas focamo-nos apenas no que podemos controlar para vencer, nada mais do que isso, como em qualquer outro jogo. Não fugimos à importância do jogo, pode dar a conquista do campeonato para ambas as equipas, e temos de pensar nesse aspeto, mas focamo-nos no que temos de fazer para contrariar o adversário e vencer o jogo. Olhamos para este jogo como outros, para tentar vencer, dentro das dificuldades que vamos encontrar”
Equipa motivada: “São jogos diferentes, o Gil defendeu muito bem, com uma estratégia mais defensiva. Foi mais o termos sofrido um golo demasiado cedo, deixou-nos alguma intranquilidade e é natural nesta fase final em que os jogos são decisivos. Mas a equipa foi capaz de acreditar até ao fim, conseguiu, mostrou capacidade, personalidade, tem sido fantástica. O grupo está como nas outras semanas, sabe o que implica o jogo, de podermos ser campeões. Estamos focados no que podemos controlar, olhando para um adversário que também vai lutar, num ambiente difícil. Vejo a equipa motivada, com vontade enorme de entrar em jogo”
Perder o título pode significar despedimento?: “Estou focado no jogo, isso nem é tema para mim. O caminho que queremos é ser capazes de ultrapassar o adversário, vencer e sermos bicampeões. O foco de todos é esse”
Apoio de Ruben Amorim: “A herança não vejo como sendo pesada, nem foi o Ruben, foi o João [Pereira] que estava antes [de Rui Borges assumir o comando técnico]. Herdei uma equipa onde estava um grande treinador, que admiro. Estou feliz, tive a oportunidade de mandar para o Carlos [Fernandes, adjunto de Amorim] uma mensagem de parabéns por ter chegado à final [da Liga Europa]. Nós também torcemos por ele, conseguiu um trajeto ascendente, pela sua competência, olhamos para ele com admiração, mudou o paradigma do Sporting com o presidente. É alguém que admiramos”
O Benfica: “Vamos olhar para as duas equipas, o Benfica tem ganho em contra-ataque, têm feito muitos golos em transições porque são fortes. Será um jogo diferente do do Gil Vicente, tudo vai mexer com o jogo, o ambiente, teremos grande apoio dos nossos adeptos… Têm-nos dado muito carinho e serão importantes amanhã, na saída da Academia… Tudo vai mexer com o jogo. A ansiedade do jogador ou da equipa… não conseguimos controlar. Vai ser perceber quem vai lidar melhor ou não com a pressão. Temos de estar bem organizados para anular os pontos fortes do Benfica da melhor forma. Acredito que será um bom jogo, com duas grandes equipas e esperamos sair vencedores. É um jogo de futebol em que podemos ser campeões e focamo-nos na vitória. O adversário bom, que tem muitos pontos em casa, sabemos disso tudo, mas acredito que do lado de lá também há respeito com esta equipa. Que seja um bom jogo”
Como tem sido a semana?: “Tem sido utilizada por vocês, nós estamos focados na vitória. Queremos ganhar, perante uma boa equipa que também vai tentar ser campeã. É o jogo do século, como vocês têm dito, valoriza o nosso campeonato, que seja um grande espectáculo e que o Sporitng seja vencedor. A minha semana foi normal. Se calhar para a minha família mais ansiedade, mas são os jogos que menos me stressam, os jogos grandes. Estou muito focado, sou otimista de nascença, confio muito”
Diferenças em relação aos outros dérbis: “São jogos diferentes, o Sporting tinha acabado de mudar de treinador no primeiro confronto, o outro foi uma final, foram felizes nos penáltis… Este jogo dita um possível campeão, tudo mexe, há ansiedade, perceber como cada um vai lidar com isso. A pressão é o que queremos, estar nas decisões, ela existe sempre e temos de saber lidar com ela. A ansiedade tem sido comum às outras semanas, estou supertranquilo”
Sporting campeão na Luz: “Isso não mexe em nada, o momento é este, é o que é. Fosse com quem fosse seria um jogo importante. Ao nível individual, acredito que sim, é um momento importante para o futuro do Sporting, dá-nos o campeonato. É a primeira vez que posso ser, sim, é o momento mais importante da minha carreira”
Amorim e João Pereira campeões?: “O grande mérito será sempre da equipa técnica que cá está, mas não tenho problemas em dizer que o Ruben e o João também têm algo a festejar. Sobre a preparação, a minha forma de ser e estar, a confiança é exatamente a mesma. Podia ter dito ao presidente que queria entrar depois do Benfica e não fiz. Disse que queria, a confiança é muita na nossa equipa técnica e o sentido de competência é o mesmo, desde o Mirandela. Os jogos são todos diferentes, sentimentos diferentes, ansiedades diferentes… Estamos preparados e a equipa está motivada nas dificuldades do jogo. Acredito que será um grande jogo”
Com ou sem Di María?: “Estou feliz com o meu trajeto, sou muito frio e focado, não mexe comigo o que possam dizer, seja positivo ou não. Sei qual foi o nosso trajeto, o que passámos… Não me preocupo com comparações, sou admirador do Ruben, fez um grande trabalho no Sporitng. Ele é o passado, o presente sou eu e outro será o futuro. Foco-me no meu trajeto, o ruído passa-me ao lado. Respeito toda a gente, sei a educação que tive. Temos feito um grande trabalho no Sporting, estamos na final da Taça, a discutir o campeonato, melhor só na final da Champions. Com ou sem Di María? O individual também estaremos preparados para isso, os jogadores são trabalhados para isso, sabemos que é um jogador diferenciado, tem muita qualidade, mas olhamos mais para o coletivo do que para o individual”
Casos de vandalismo: “Olhamos sempre com tristeza, a paixão do jogo não pode ultrapassar os limites. A rivalidade é boa, mas nunca em excesso. Respeito tem de existir sempre, foquem-se mais no apoio, em passar carinho, estamos num momento decisivo, agarrar essa energia que os adeptos têm passado para nós e fazer o nosso melhor”.