O Sporting Clube de Portugal surge para a temporada 25/26, provavelmente como o candidato ao título com menos alterações, mas, com as mais profundas.
Pode ter parecido que foi há muito tempo, mas Ruben Amorim era quem treinava os leões no arranque da época 24/25, levando a equipa a um autêntico passeio de 11 vitórias consecutivas no campeonato até ter rumado a Inglaterra.
Como ‘instrumento’ principal deste domínio, Amorim tinha Viktor Gyokeres, avançado sueco que semeava o pânico nas defesas adversárias, colhendo golos atrás de golos nesse processo.
Com maior ou menor polémica, os dois já não estão em Alvalade, restando agora saber como o bicampeão se vai comportar sem as suas duas maiores figuras dos últimos anos.
A seu favor, o leão conta com a estabilidade e motivação trazida da conquista do bicampeonato; manteve-se a equipa técnica e, até ver, a esmagadora maioria do plantel, que se viu reforçado com algumas caras novas.
Entradas
Até ao momento foram seis as contratações feitas pelo Sporting no mercado de verão, isto para além da confirmação da compra de Rui Silva ao Bétis.
Da lista de reforços, destaque para Luis Suárez; o colombiano chegou do Almería para substituir Viktor Gyokeres, constituindo a maior transferência da história do clube (22,16 milhões de euros).
Para a defesa chegaram Georgios Vagiannidis e Ricardo Mangas, sendo que este último também pode ocupar posições mais avançadas no terreno.
Estas duas contratações são sinais claros de que Rui Borges pretende desfazer-se do 3-4-3 da última temporada e implementar o seu 4-2-3-1, sistema mais comum do técnico transmontano.
Para este sistema é necessário um meio-campo mais povoado; para tal chegou do Levante Giorgi Kochorashvili, a troco de 5,5 milhões de euros, um médio ‘todo-o-terreno’ e de muita entrega.
Ao georgiano juntam-se ainda João Simões e Daniel Bragança, ‘reforços’ que estão a regressar ao plantel após as respetivas lesões.
Para as alas chegou o brasileiro Alisson Santos, oriundo do Vitória da Bahia, e que mostrou-se na última temporada ao serviço do União de Leiria. O extremo chega como um jogador explosivo e que procura desequilibrar e desmontar blocos defensivos.
Destaque ainda para o regresso de João Virgínia. Depois de ter passado pelo Sporting em 2021/22 por empréstimo, o guardião português regressa a Alvalade, agora em definitivo.
Juntamente com as certezas, há também alguns pontos de interrogação no que a entradas diz respeito. Jota Silva é, nesta altura, o principal nome apontado aos bicampeões.
Para além do internacional português, e ao que tudo indica, qualquer outra alteração no plantel virá apenas se houver alguma saída de um elemento importante do plantel.
Saídas
Neste departamento o nome de Viktor Gyokeres surge destacado. Tal como era expectável, depois de 97 golos pelos leões, o sueco acabou por sair e rumar ao Arsenal, deixando em Alvalade -para já- 65 milhões de euros.
Para além do avançado, também Marcus Edwards deixou os verdes e brancos, para rumar ao Burnley por 10 milhões de euros.
Geovany Quenda e Dário Essugo foram contratados pelo Chelsea, num total que ultrapassou os 70 milhões de euros, sendo que apenas Essugo rumou já para o clube inglês.
Outras saídas que permitiram encaixe financeiro aos leões foram as de Franco Israel e Vladan Kovacevic, que rumaram ao Torino e Norwich, respetivamente, assim como Afonso Moreira, que assinou pelo Olympique de Lyon.
No que a possíveis saídas diz respeito, Morten Hjulmand é o nome que mais circula na imprensa desportiva, devido ao alegado interesse da Juventus.
Ousmane Diomande e Gonçalo Inácio são também jogadores referenciados por grandes clubes europeus e que poderão vir a ser alvo de propostas.
Num patamar inferior, Jeremiah St.Juste parece ser o que estará mais próximo de deixar Alvalade. O neerlandês está no último ano de contrato e, para além de ter muito mercado, não fará parte das escolhas principais de Rui Borges.