Surf: Campeões decididos num só dia

As Fiji e as ondas de Cloudbreak são o palco da coroação dos campeões mundiais de surf da temporada 2025.

No período de espera de 27 de agosto a 4 de setembro, num só dia, o top-5 masculino e top-5 feminino disputam o título de campeão do Championship Tour (CT), circuito de elite da Liga Mundial de Surf (WSL).Na estreia de Cloudbreak e das longas esquerdas do reef de Tavarua nas decisões mundiais, após quatro edições em Lower Trestles, Estados Unidos da América (EUA), o formato competitivo mantém-se quase na íntegra depois de 11 etapas disputadas em nove países, entre as quais, Peniche, MEO Rip Curl Pro Portugal.

Entre os 10 eleitos e melhor classificados no ranking, há duas campeãs mundiais consagradas nas finais da WSL (Caroline Marks e Caitlin Simmers) e um campeão, Italo Ferreira, coroado antes da implementação deste modelo de atribuição dos títulos.Assiste-se ainda a quatro estreias (Yago Dora, Jordi Smith, Gabriela Bryan e Bettylou Sakura Johnson) no modelo “winner-takes-all”, que cumpre a 5.ª e última edição por força da alteração prevista para 2026, circuito que contemplará 12 etapas.O quinto “mata-mata” da história da WSL apresenta uma novidade.

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Os líderes dos respetivos rankings, o brasileiro Yago Dora, debutante nas finais, que alcançou o triunfo numa etapa do CT em Supertubos, Peniche, e a australiana Molly Picklum, finalista por três vezes, últimos a entrarem em ação, podem ser campeões se vencerem o primeiro heat.  Caso contrário, o título mundial será decidido “à melhor” de três baterias.

O alinhamento para o duelo inicial entre os 5.º e 4.º do ranking coloca dois “veteranos” deste modelo, cada qual com quatro presenças. Italo Ferreira, campeão mundial em 2019 e duas vezes vice-campeão (2024 e 2022) e o australiano, Jack Robinson.

O vencedor da primeira batalha defrontará Griffin Colapinto (EUA), surfista que contabiliza a terceira final.O sul-africano Jordi Smith, outro dos estreantes no formato das WSL Finals, 37 anos, o mais velho em prova, duas vezes vice-campeão mundial, presença no CT há 18 anos, aguarda o nome do desfecho anterior para decidir quem será o surfista que chega ao “title match”.

No feminino, o primeiro duelo coloca a debutante Bettylou Sakura Johnson (Havai) no caminho da norte-americana Caroline Marks, medalha de ouro nos Jogos Olímpicos Paris2024 e campeã mundial em 2003.

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Quem vencer salta para a segunda ronda e defronta Caty Simmers (EUA), campeã do Tour da temporada passada, 2024, a mais nova surfista em competição.

Aos 19 anos, é a terceira vez seguida que disputa as WSL Finals e o título do principal circuito da WSL.Gabriela Bryan (Havai), 2.ª do ranking CT, fica na expetativa para conhecer o nome da adversária antes de se saber quem desafiará na bateria decisiva a número um mundial, Molly Picklum, da Austrália, surfista que cumpre a terceira final.

No histórico das finais, introduzidas em 2021, o Brasil domina com os triunfos masculinos de Gabriel Medina (2021) e Filipe Toledo (2022 e 2023).

O havaiano John John Florence, ainda campeão em título, ausente esta temporada do circuito, interrompeu a “tempestade brasileira”.

No quadro feminino, as norte-americanas Simmers e Marks dão vantagem aos EUA no duelo de países. Stephanie Gilmore (Austrália) e Carissa Moore (Havai) fecham as contas desta curta galeria de campeões.

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