Surf: Kika Veselko campeã na Caparica – “O meu ano, à séria, vai começar agora”

Francisca Veselko triunfou no Caparica Surf Fest, última etapa do Qualifying Series (QS 3000 masculino e QS 1000 feminino), circuito europeu 2024-2025 da Liga Mundial de Surf (World Surf League).

Num dia marcado por condições difíceis, Veselko, segunda do ranking europeu, afastou nas meias-finais a compatriota Teresa Bonvalot, tricampeã da etapa portuguesa, e, na final, superiorizou-se à inglesa Alys Barton com um score combinado de xxx, em 20 pontos possíveis.

FOTOS: As melhores imagens do último dia do Caparica Surf Fest

Veselko mantém o legado português na Caparica, evento dominado por surfistas portuguesas desde a temporada 2021. Juntamente com Mafalda Lopes (2023), foram responsáveis por interromperam o passeio de Teresa Bonvalot na Caparica (2021, 2022 e 2024).

A surfista de 21 anos, de Carcavelos, somou a terceira vitória no circuito europeu (estreou-se em Lacanau, França, em 2022-2023) e a segunda da temporada. Este ano, triunfou em Marrocos (QS 3000), paragem anterior à Caparica.

Assegurou uma das quatro vagas diretas para o Challenger Series 2025, circuito de qualificação para o Championship Tour 2026 (CT), cujo arranque está agendado para junho, na Austrália, e que servirá de qualificação para o circuito mundial de 2026.

Fará companhia a Yolanda Hopkins, qualificada por ter terminado no top-10 do Challenger 2024. E a Teresa Bonvalot. A olímpica e pentacampeã nacional que tentava a requalificação para o CS, terminou como 5.ª classificada do ranking QS. Ficou às portas do top-4 que garante vagas diretas para o Challenger Series 2025, mas deverá receber um dos wildcard continentais da WSL.

“O Challenger vem aí”

“Depois de ter tido um ano como tive no ano passado, estar agora a ter este bom momento é, sem dúvida, muito bom para me alimentar de toda esta positividade e manter esta boa energia”, avaliou Kika Veselko ao SAPO DESPORTO.

“O Challenger vem aí”, exclamou. “É um nível ainda mais elevado do que os QS da Europa, que, diga-se, já está elevadíssimo, mas os Challenger, sem dúvida, é muito elevado”, analisou.

“Por isso, é, tentar manter esta consistência, mas sei que ainda há muito trabalho pela frente”, antecipou.

“Isto aqui é só o início. É o fim da época de QS, mas o meu ano, à séria, vai começar agora”, assinalou.

Kika Veselko, fará a próxima etapa da Liga MEO e viajará “duas semanas” mais cedo do arranque da temporada do Challenger, marcado para 2 de junho, em Newcastle, Austrália, onda onde fará a estreia absoluta.

A seu lado estará o treinador, Rodrigo Sousa, parceiro de caminhada. Juntos, antes de cada bateria, surfista e treinador conversam sobre a melhor abordagem às condições de mar.

“Analisamos juntos o mar e definimos uma estratégia. Depois, é muito à base do meu instinto, estar conectada com o mar. Isso é o mais importante do que estarmos distraídos com as indicações vindas de fora”, confessou antes das finais.

Abre, no entanto, uma exceção. “Em momentos em que estou mais perdida, às vezes, olho só para confirmar se estou no sítio certo, no posicionamento certo e que precise de mudar de pico e não o estou a fazer. Mas, normalmente já vamos com uma estratégia bem definida e lá dentro consigo orientar-me”, clarificou.

Domínio francês no masculino

Do lado masculino, Frederico Morais, já garantido no Challenger, terminou na 5.ª posição num evento que coroou o francês Jorgann Couzinet como campeão europeu, título que conquistou pela quarta vez e vencedor do Caparica Surf Fest (QS 3000 masculino), etapa que fechou o ano e as contas de acesso à segunda divisão europeia, antecâmara do circuito de elite da WSL.

Couzinet afastou nas meias o compatriota Charly Quivront e , na final, foi perfeito ao somar um score de 17,33 (9,10+8,23).

Nas contas de entrada no CS, Afonso Antunes, pisou as ondas da Praia do Paraíso, na Caparica, como terceiro do ranking QS, mas não foi além do 49.º posto (180 pontos).

Apesar da prestação aquém do desejado, a vitória em Patin (Espanha) e o sétimo lugar em Anglet (França) permitirá terminar a temporada dentro do top-7 e, desta forma, apurado para o Challenger Series 2025.

Artigos Relacionados