Os árbitros do Mundial de Clubes, que se disputa entre 14 de junho e 13 de julho, nos Estados Unidos, vão usar câmaras corporais como parte de uma fase experimental, cujos testes foram aprovados pelo International Board [IFAB, organismo que supervisiona e regulamenta as regras de futebol].
“Acreditamos que esta é uma boa oportunidade para oferecer aos espetadores uma nova experiência, graças a imagens tiradas de uma perspetiva nunca antes oferecida”, explicou o presidente do Comité de Árbitros da FIFA, o italiano Pierluigi Collina.
Colina fala numa iniciativa “inovadora tanto para as emissoras como para a formação dos árbitros”, porque coloca-os “no lugar do árbitro” para que possam “avaliar do seu ponto de vista, como tomou as suas decisões”.
A FIFA pretende desenvolver padrões de qualidade e segurança e identificar possíveis usos futuros, disponibilizando as imagens em tempo real aos adeptos através da emissora global da prova.
Bola vai ajudar árbitros a decidir mais rápido
Ainda a nível tecnológico, a bola oficial da prova está dotada de tecnologia de reconhecimento de inércia para apoiar as decisões pelo sistema de videoárbitro (VAR).
“A tecnologia integrada de conectividade na bola envia dados de unidades mensuráveis de inércia para o sistema de VAR, a uma velocidade de 500 instâncias por segundo, e em tempo real”, pode ler-se em comunicado da FIFA.
Assim, a bola do torneio em que participarão FC Porto e Benfica enviará dados que, “combinados com dados de posicionamento de jogadores e a aplicação de inteligência artificial”, ajudam os árbitros presentes no videoárbitro “a tomar decisões quanto ao fora de jogo mais rápidas, ajudando a identificar o autor de cada toque na bola”, apoiando ainda na identificação de instâncias de mão na bola.
A bola, desenvolvida pela Adidas, apresenta ainda anunciadas inovações tecnológicas na ergonomia que lhe proporcionam “maior precisão de jogo”, com uma decoração alusiva ao país anfitrião, os Estados Unidos.
Outra das novidades no Mundial de Clubes é a nova regra para combater a perda de tempo dos guarda-redes, aprovada pelo IFAB no dia 01 de março. Se os guarda-redes mantiverem a bola nas mãos por mais de oito segundos, o árbitro assinalará canto. Anteriormente, um livre indireto podia ser marcado ao fim de seis segundos.
O Mundial de clubes, um formato inédito para 32 equipas, entre elas Benfica e FC Porto, decorrerá entre 14 de junho e 13 de julho, com 12 emblemas europeus, 11 da América e outros nove dos continentes africano, asiático e oceânico.
*Com Lusa