A FIFA está a organizar uma festa de gala para “celebrar” o Mundial de Clubes num local em Wall Street, na cidade de Nova Iorque – e está a cobrar milhares de dólares para quem quiser marcar estar presente, ao lado do presidente do organismo, Gianni Infantino, e de algumas das estrelas da competição.
Segundo escreve o portal ‘The Athletic’. a coorganizadora Big Art (uma empresa internacional de gestão de eventos) promoveu a gala no Instagram com um link para reservar bilhetes através de um representante de vendas do WhatsApp.
O representante descreveu o evento como “a celebração oficial da final do Campeonato do Mundo de Clubes da FIFA”. E promete um evento com uma atuação da estrela pop britânica Rita Ora e “entretenimento ao longo de toda a noite”. O preço dos bilhetes, esse, não é nada baixo: parte dos 1.000 dólares por pessoa para a categoria prata, subindo para 2.000 dólares para a categoria platina e 3.000 dólares para a categoria máxima.
A divulgação na página de Facebook da Big Art refere que o “evento VIP reunirá lendas do desporto, altos quadros da FIFA e uma lista de convidados criteriosamente selecionada de figuras internacionais dos negócios, da moda e da cultura”.
Um representante de vendas afirmou na sua mensagem de abertura no WhatsApp que Infantino irá comparecer, antes de acrescentar que Kaká, Ronaldo, Roberto Carlos e Roberto Baggio também estarão presentes. Os quatro jogadores já participaram em ações de promoção do torneio, falando positivamente do mesmo, e assistiram a jogos da competição. O evento está agendado para 10 de julho, um dia após a segunda meia-final e três dias antes da final.
Um porta-voz da FIFA confirmou que o órgão máximo do futebol mundial e a Big Art estão a trabalhar em conjunto num jantar de gala. Acrescentou que os convidados da FIFA ainda não foram confirmados. O representante de vendas da Big Art explica ainda que esta entrada paga representa para quem nela invista uma “oportunidade única de alinhar a sua marca com a FIFA e interagir diretamente com decisores, influenciadores e ícones mediáticos a nível mundial”.
O ‘The Athletic explica que tentou questionar a FIFA sobre qual o seu papel na definição dos elevados preços do evento e sobre se seria adequado permitir que indivíduos ou marcas pagassem milhares de dólares para se envolverem diretamente com a liderança da FIFA. Em resposta, a FIFA fez saber que não receberia qualquer receita do evento, mas não esclareceu a quem a receita seria atribuída.