O último dia do mercado de transferências é sempre marcado por suspense, negociações intensas e surpresas de última hora. Mas, segundo Manuel Tomás, agente FIFA, os negócios que parecem sair do nada já vêm preparados muito antes.
“Os últimos negócios do mercado não acontecem assim, não são coisas preparadas agora. Todas estas transferências, todos estes negócios são preparados com muitos meses de antecedência. Nesta fase final são apenas conclusões, situações que ficaram pendentes durante o processo”, explicou.
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O empresário acrescentou que muitas vezes os clubes evitam falar de jogadores ainda em competição para não prejudicar o rendimento dos atletas. Por isso, muitas conversas são iniciadas durante o período de férias, quando há mais disponibilidade, ficando depois as assinaturas e oficializações guardadas para o fecho do mercado.
Para ilustrar o ambiente vivido nestes momentos, Manuel Tomás recordou um episódio pessoal: “Tive um caso de um jogador que, a 30 minutos de fechar o mercado, estava eu em França, somente com o presidente e com o jogador, à espera dos ‘oks’ todos, dos advogados e tudo. É bastante stressante, mas confiando nas pessoas à nossa volta acreditamos que tudo vai correr bem.”
Ainda que nem sempre tudo se concretize, o agente sublinhou que os casos falhados são a exceção. A regra é o planeamento atempado, com as últimas horas a servirem apenas para ultimar detalhes de operações longamente trabalhadas.