Vuelta 2025: Vingegaard e João Almeida na linha da frente para suceder a Roglic

A 90ª edição da Volta a Espanha arranca este sábado desde a cidade italiana de Torino, terminando dia 14 de setembro em Madrid.

Pelo meio, os 184 ciclistas terão 21 dias e 3189 quilómetros e oito centos metros de corrida pela frente, com dois contra-relógios, clássicas, assim como muita e difícil montanha que certamente fará a sua dura seleção dos principais candidatos à vitória.

Antes de ser dada a primeira pedalada, dois nomes surgem como os mais fortes nesta lista da corrida à camisola vermelha: Jonas Vingegaard e João Almeida.

O dinamarquês não conseguiu reconquistar o Tour, ficando atrás do rival Pogacar, e procura vencer a prova espanhola pela primeira vez.

Já João Almeida, um dos corredores com mais vitórias esta temporada, quer dar continuidade à grande época que tem vindo a fazer, interrompida apenas pelo abandono no Tour, e tornar-se o primeiro português a conquistar uma grande volta.

As etapas

A corrida arranca em Itália, onde serão cumpridas três etapas antes de um final em França. Apesar de serem os primeiros dias de corrida, tal não significa facilidades para o pelotão. Com efeito, os ciclistas terão muita montanha e duas chegadas em alto em terras franco-italianas, antes de rumarem em definitivo para Espanha.

O trajeto por terras espanholas começa logo com o primeiro de dois contra-relógios individuais, este a terminar na cidade catalã de Figueres.

Sem tempo para as chamadas “etapas de ligação”, o pelotão ‘ataca’ logo a seguir os Pirinéus, com duas duras etapas que terminam no topo de contagens de montanha de primeira categoria.

Antes do primeiro dia de descanso, e depois de uma etapa mais plana que termina em Zaragoza, o pelotão volta a subir, desta feita terminando na estação de ski de Valdezcaray.

Será aconselhável aos corredores tirarem o máximo de partido do descanso em Pamplona, já que a segunda semana promete levá-los ao limite. A corrida recomeça com uma etapa ao estilo das clássicas, num constante sobe e desce que termina em Bilbao.

Segue-se uma tirada menos exigente, mas mesmo assim com duas subidas duras, uma das quais de primeira categoria, isto antes daquela que é considerada a etapa ‘rainha’ da Vuelta.

Na 13ª etapa, o pelotão terá pela frente o mítico Angliru; cerca de 12 intermináveis quilómetros, com uma pendente média de 9,7%, onde os corredores subirão até perto dos 1600 metros de altitude, isto já depois de terem passado por duas contagens de primeira categoria.

Como se tal não chegasse, no dia seguinte é a vez de mais duas duras subidas, numa etapa mais curta que a anterior, mas que não dará descanso aos candidatos.

Gozado o segundo e último dia de descanso, os corredores encontram mais uma chegada em alto, a qual antecede novo contra-relógio individual, desta feita em Valladolid.

Os acertos finais na classificação geral serão feitos na 20ª e penúltima etapa, onde o pelotão irá ter cinco subidas distribuídas por 165 quilómetros, a mais difícil das quais coincide com a meta e uma contagem de montanha de categoria especial em Puerto de Navacerrada.

Principais candidatos

Como foi supracitado, Jonas Vingegaard e João Almeida são apontados como os principais candidatos à conquista da Volta a Espanha. O dinamarquês foi segundo no Tour e está com fome de conquistas; o chefe de fila da Visma traz consigo nomes como Mateo Jorgenson ou Sepp Kuss, antigo vencedor da prova.

Apesar da ausência de Pogacar, não se julgue que a Team Emirates não traga um bloco forte. A equipa conta com dois possíveis candidatos à vitória: João Almeida e Juan Ayuso.

O português está a fazer a melhor época da sua carreira e mostrou-se a bom nível no Tour antes da desistência. Já Ayuso quer recolocar um ciclista espanhol no topo, algo que não acontece desde 2014 com Alberto Contador.

Contudo, nem só destes nomes viverá a luta pelos primeiros lugares da corrida. Ben O’Connor, segundo classificado da última edição, certamente procurará fazer melhor.

Jai Hindley, que já venceu um Giro, assim como Ergan Bernal, Félix Gall, Damiano Caruso, Antonio Tiberi ou Giulio Ciccone, também deverão lutar pelo pelas posições cimeiras.

Em termos de ciclistas espanhóis, e para além de Ayuso, há ainda a destacar o regresso de Mikel Landa, assim como do jovem Pablo Castrillo, agora na Movistar, que venceu duas etapas no ano passado.

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